Câmara de SP aprova reajuste do IPTU

SP247 – A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, nesta quinta-feira (24), em primeira votação, o aumento do IPTU - Imposto Predial Territorial Urbano, o que implica num reajuste de 13% a mais no imposto a partir de 2014. Foram 30 votos favoráveis, 18 contrários e uma abstenção. Eram necessários 28 votos a favor da proposta. De acordo com o projeto, não haverá reajuste acumulado na inflação.

Quem tiver aumento maior do que 20% no IPTU – vale ressaltar que os 13% são um aumento médio - terá o reajuste diluído em até três anos. Isso significa, por exemplo, que um proprietário de um imóvel residencial que pagou de R$ 1.000 de IPTU em 2013 e sofreu um reajuste a partir de 40%, pagará R$ 1.200 em 2014, R$ 1.320 em 2015 e R$ 1.452 em 2016, configurando, na prática, um aumento de 45,2%.

No caso dos imóveis comerciais, o reajuste será de 35% para 2014 e 15% para 2015 e 2016. Ou seja, se um comerciante pagar R$ 1.000 em 2013, tendo sofrido um reajuste maior do que 65%, o pagará R$ 1.350 em 2014, R$ 1.552,5 em 2015 e R$ 1.785, totalizando um reajuste de 78,9%.

Acordo com o PSD

A negociação para aprovar o projeto não foi fácil. Isso porque a bancada do PSD, que pede mais espaço na gestão do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), estava reticente em votar a favor da proposta. Curiosamente, a vereadora pessedista Edir Sales chegou a afirmar que não estava satisfeita com a  e que não faria acordo para aprovar a matéria.

Devido ao leve impasse, o ex-prefeito da capital paulista e presidente do PSD, Gilberto Kassab, teve de intervir para apaziguar a bancada do partido e convencer os seus correligionários a votarem a favor da proposta. Da legenda pessedista, que possui a terceira maior do Legislativo, votaram contra o projeto os vereadores Police Neto, David Soares e Marco Aurélio.