Câmara recua e Plano Diretor será debatido
Alterações polêmicas na lei, via projeto do Paço Municipal, já foram aprovadas em primeira votação no Legislativo, antes das realizações de audiências públicas convocadas pela OAB e pela UFG para a semana que vem; para evitar mais desgastes, vereadores vão "tolerar" novas discussões, embora dificilmente devam mudar de opinião; dentre os pontos controversos contidos na nova proposta está a legalização de construção irregular de unidade da empresa Hipermarcas na região Norte de Goiânia
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A Redação_ O projeto da prefeitura que altera o Plano Diretor de Goiânia, e que possui vários pontos polêmicos, será tema de duas audiências públicas na próxima semana. Embora já tenha sido aprovado, em primeira votação, no plenário da Câmara, o que indica que os vereadores devem aprová-lo em caráter definitivo, independente do que ocorrer nas audiências, a Comissão Mista da Casa definiu uma programação de debates.
Na próxima semana, a primeira audiência pública será realizada na segunda-feira (22/4) na Ordem dos Advogados (OAB-GO), às 8 horas. O segundo debate será na Universidade Federal de Goiás (UFG), na terça ou quinta-feira, na parte da manhã.
Alguns dos pontos mais polêmicos aprovados até então seriam a instalação da empresa Hipermarcas na região Norte de Goiânia e a emenda apresentada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pelo vereador Richard Nixon (PRTB), que permite aos templos religiosos construir estacionamentos verticais gratuitos.
Outra emenda, de autoria do vereador Elias Vaz (PSOL), foi rejeitada pelo Plenário. O vereador propunha a exigência de lei específica, a ser aprovada pela Câmara, para a venda de áreas consideradas patrimônios da cidade, como a do Autódromo Internacional de Goiânia, Parque Agropecuário, Hipódromo da Lagoinha, área do antigo Dergo, do Frigorífico Matingo e do Batalhão Anhanguera no setor Marista.
Segundo o presidente da Comissão Mista, vereador Paulo Borges (PMDB), as duas audiências mostrariam o interesse da Casa em debater com a sociedade uma questão importante para a cidade, que é o Plano Diretor. “Não temos pressa de colocar a matéria para ser votada em plenário. O trâmite será normal, sem açodamento nenhum”, garantiu.
O peemedebista negou igualmente que os vereadores da base estejam recebendo orientações do Paço para votar o projeto. “Isso não procede. Tanto é assim que vamos fazer as audiências para discutir profundamente esse Plano Diretor”, comentou.
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