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    Câmara repudia aprovação de projeto da ‘cura gay’

    Moção de repúdio ao decreto legislativo, que passou na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, foi aprovada pelos vereadores de Porto Alegre com 19 votos; autor da proposta, Alberto Kopittke (PT) destacou que o Brasil é o país com maior número de assassinatos de homossexuais do mundo

    Câmara repudia aprovação de projeto da ‘cura gay’

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    Débora Fogliatto, Sul 21 - Foi aprovada nesta quarta-feira (26) na Câmara de Vereadores de Porto Alegre uma moção de repúdio ao decreto legislativo conhecido como "cura gay", que tramita na Câmara dos Deputados e passou pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias na semana passada. A moção, de autoria do vereador Alberto Kopittke (PT), teve 19 votos a favor, quatro contra e três abstenções.

    Manifestaram-se pela aprovação os vereadores Pedro Ruas (PSOL); Séfora Mota (PRB); Cláudio Janta (PDT); Jussara Cony (PCdoB); Valter Nagelstein (PMDB), em nome da bancada do governo; Fernanda Melchionna (PSOL), em nome da bancada da oposição; Tarcísio Flecha Negra (PSD) e Marcelo Sgarbossa (PT).

    Pedro Ruas classificou a aprovação do projeto, que suspende trechos da resolução do Conselho Federal de Psicologia, como uma "barbaridade". "Isso é uma profunda agressão e uma vergonha para o Brasil", afirmou, lembrando que a Câmara de Porto Alegre também já aprovou repúdio ao deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP), atual presidente da CDHM.

    O autor da proposta, vereador Kopittke considera que devemos "ouvir a voz das ruas". Ele destacou que o Brasil é o país com maior número de assassinatos de homossexuais do mundo. Ao se pronunciar a favor, o vereador Cláudio Janta lamentou que nem toda a bancada do PDT aprove a moção. "Isso não é consenso na minha bancada, já que a vereadora Luiza Neves é da mesma igreja que o pastor Marco Feliciano", declarou.

    Para a vereadora Fernanda Melchionna, aplaudida pelos representantes de movimentos sociais LGBT presentes no plenário, "o que precisa de cura é a homofobia, a intolerância e a tentativa de impor visões religiosas ao resto da população".

    Mario Manfro, no entanto, considerou que a moção "não trata" do projeto aprovado. "Não está dito no projeto que o tratamento é autorizado. Portanto, não posso votar a favor", manifestou, optando por abster-se ao afirmar ser "totalmente contrário a qualquer discriminação".

    Da mesma forma, João Carlos Nedel afirmou que a moção "não tem nada a ver com o projeto". Ele ainda disse que Feliciano não votou e não é o relator da proposta. "O projeto não diz nada sobre a cura, não fala em doença, mas em tratamento", declarou. Além dele, os vereadores Elizandro Sabino (PTB), Luiza Neves (PDT) e Reginaldo Pujol (DEM) também votaram contra.

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