Caminhoneiros ameaçam parar economia de MG

Minas 247 – “Sem caminhão o Brasil para”. Essa é uma frase muito comum nos para-choques dos caminhões espalhados pelo Brasil. O argumento dos caminhoneiros vai muito além de uma simples forma de valorizar a classe. Em várias regiões mineiras os motoristas aproveitaram o Dia do Motorista para protestar contra medidas impostas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Representantes da categoria reclamam principalmente da excessiva carga tributária e a grande quantidade de taxas exigidas pelo órgão do governo.

Na BR-381, entre João Monlevade e Ipatinga, no Vale do Aço, além de pararem os veículos os caminhoneiros iniciaram uma manifestação e ouve atrito com a Polícia Rodoviária Federal. Segundo as primeiras informações repassadas pela PRF três pessoas foram detidas.

Na região Centro-Oeste do estado, a BR-354 entre as cidades de Arcos e Formiga, o trânsito flui lentamente devido um congestionamento provocado pelos caminhoneiros. Em todo o estado o fluxo de caminhões está bem abaixo do normal. Na barreira de fiscalização da PRF em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte, é grande o movimento de motoristas de caminhão que participam de uma manifestação.

Se a paralisação iniciada em Minas se tornar verdadeiramente uma greve e se estender pelo Brasil, o prejuízo será grande. O Brasil já passou por essa situação em 1999. Na ocasião adesão ao movimento grevista foi de quase 100% dos caminhoneiros e o Brasil literalmente parou. O governo Fernando Henrique Cardoso demorou a perceber os efeitos da falta de caminhões nas estradas e quando resolveu negociar com a categoria o estrago já estava feito. Mais de 60% de toda a produção nacional é transportadora na carroceria de caminhões.