Campos evita comprar briga com PTB
Integrantes do PSB preferiram silenciar com relação às declarações do senador Armando Monteiro (PTB-PE), segundo as quais o governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), ainda aliado oficial da presidente Dilma Rousseff (PT), terá que tomar uma decisão acerca do seu rumo em 2014 ainda neste ano
PE247 – Integrantes do PSB preferiram silenciar com relação às declarações do senador Armando Monteiro (PTB-PE), segundo as quais o governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), ainda aliado oficial da presidente Dilma Rousseff (PT), terá que tomar uma decisão acerca do seu rumo em 2014 ainda neste ano. Mesmo encarando uma postura típica de quem pode buscar o afastamento do gestor, para os pessebistas não há como definir a situação do congressista sem que o chefe do Executivo pernambucano tome uma posição se será ou não candidato à Presidência da República no próximo pleito. Além disso, a manutenção da aliança PT-PSB é outro fator que influenciará no futuro do parlamentar.
Se for mantida a aliança entre petistas e socialistas no plano nacional, a candidatura de Armando Monteiro perderia “fôlego”, pois não teria como formar um palanque competitivo e, assim, garantir maior tempo no guia eleitoral. Caso contrário, o senador é visto por socialistas como um dos principais nomes a disputar o Governo do Estado. Lembrando que o PTB tende a apoiar a reeleição da presidente Dilma, o que garantiria maior tempo de televisão além do apoio político da base aliada do governo federal.
Embora o governador não tenha dado claros sinais de quem indicará para sucedê-lo no comando do Palácio do Campo das Princesas, o provável indicado será o vice-governador, João Lyra Neto, que, no final do mês passado, anunciou a sua desfiliação do PDT e ingressará no PSB. De acordo com ele, o motivo da troca é a contribuição para o projeto presidencial de Campos, preferindo, assim, desconversar sobre o pleito estadual. Mas o fato é que na bolsa de apostas para a sucessão estadual, as fichas da indicação de Lyra Neto pelo gestor pernambucano são as de valor mais alto no momento.
Por sua vez, o senador Armando Monteiro disse, na última segunda-feira (10), em entrevista à Rádio Jornal, que o processo de formação dos palanques terá de ser definido ou desenhado no segundo semestre deste ano. Isso porque, de acordo com o petebista, “é evidente que o governo federal vai, em algum momento, colocar a solidariedade dos seus parceiros diante do processo”.
Ao mesmo tempo em que o governador Eduardo Campos defende a alternância de poder, ainda que nas entrelinhas, o senador tem manifestado esta linha de discurso, indicando que poderá vir a se lançar rumo ao Palácio do Campo das Princesas com o apoio de outras que não o PSB. Na semana passada, por exemplo, o petebista criticou o “hegemonismo partidário” do PSB ao jornal Folha de S. Paulo, a respeito das especulações de que o candidato á sucessão de Campos viria das hostes socialistas. Para ele, isso é uma negação ao espírito de aliança. Além disso, já foi veiculada, no mês passado, a inserção partidária do senador, na qual ressaltou a necessidade de mais investimentos em áreas consideradas críticas como saúde, educação e segurança,.
De fato, o governador tem focado em suas articulações visando o Palácio do Planalto, embora evite conversar a respeito. Agora, resta saber como se dará a relação entre o PTB de Armando e o gestor pernambucano após este “chamado público” do petebista rumo a uma decisão ou discussão sobre o processo de formação dos palanques já no próximo semestre.
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