Campos pede que base aliada mantenha bom senso

PE247 - Possível adversário da presidente Dilma Rousseff (PT) nas eleições presidenciais de 2014, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), adotou um tom mais conciliador em relação ao Governo Federal, que tem tentado se reaproximar dos líderes da base aliada no Congresso Nacional. Campos puxou para si a responsabilidade das declarações feitas pelo líder do PSB na Câmara, deputado federal Beto Albuquerque (RS), que disse que o momento atual é de “dar um voto de confiança” ao governo da presidente Dilma. Apesar do tom apaziguador, Campos declarou-se favorável à adoção do orçamento impositivo, que prevê a liberação automática de verbas destinadas à emendas parlamentares, o que vai de encontro aos interesses do Governo Federal em função do aumento das despesas necessárias a sua execução.

“Ele fala em nome do partido. É preciso que a gente tenha bom senso para não admitir que o cabo-de-aço da disputa política leve o País a piorar a situação econômica e a votar projetos que são inadequados e não vão ajudar o Brasil”, observou o governador. Com a postura adotada, Campos sinaliza que tanto a posição do líder do PSB na Câmara como a do líder da legenda no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF), estão de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo partido, que permanece na base aliada e reafirma que as críticas ao governo visam apontar caminhos para evitar crises. Apesar disto, as críticas, sobretudo na área econômica, devem continuar aparecendo a conta-gotas.

Mantendo-se fiel ao discurso de que 2014 somente será discutido em 2014, o dirigente pessebista preferiu não se pronunciar sobre a postura do PSDB, que definiu o senador mineiro Aécio Neves como pré-candidato à Presidência da República nas eleições do próximo ano, e disse a legenda socialista somente definirá sua posição em 2014. “Nosso roteiro é sereno. Não vamos alterar um roteiro estratégico em função do conjuntural. O partido está unido, tranquilo . temos absoluta unidade em torno desta posição, de que devemos aguardar o posicionamento e em 2014 toma a decisão que seja melhor para o Brasil”, afirmou Campos.