Campos: PM não usará de força em manifestação
“Essa é a orientação e será seguida fielmente”, disse o governador de Pernambuco nesta terça-feira, depois de ter anunciado a redução de R$ 0,10 na tarifa de ônibus do Recife; Eduardo Campos (PSB) também deu apoio aos manifestantes, que sairão novamente às ruas da capital pernambucana nesta quinta-feira: "Eu iria a uma manifestação dessa, se eu tivesse a idade deles e não estivesse nesta posição (de governador)”
PE247 – O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, (PSB) afirmou que a Polícia Militar não usará de força para reprimir o protesto contra o preço das tarifas do transporte público, previsto para acontecer nesta quinta-feira (20). “Essa é a orientação e será seguida fielmente”, afirmou o governador. Nesta terça-feira, Campos já havia anunciado a redução no valor de R$ 0,10 – uma queda de 3,65% - para todas as tarifas praticadas na Região Metropolitana do Recife (RMR). A mobilização, intitulada “À Luta Recife: pelo transporte público de qualidade”, em favor de melhorias no serviço prestado à população, faz parte de uma série de manifestações em nível nacional, mesmo após o anúncio da redução das passagens em algumas capitais, como Porto Alegre (RS), João Pessoa (PB), Cuiabá (MT) e Recife (PE).
De acordo com Campos, os policiais devem garantir a integridade física dos protestantes. Ele também manifestou apoio às manifestações e disse que, se fosse mais novo, também engrossaria as fileiras dos movimentos populares. “Claro que eu iria a uma manifestação dessa, se eu tivesse a idade deles e não estivesse nesta posição (de governador)”, complementou.
Durante a entrevista, o gestor, aliado oficial da presidente Dilma Rousseff (PT), mas que é cotado para disputar o Palácio do Planalto no próximo ano, evitou comentar sobre as consequências das manifestações na campanha da chefe do Executivo federal, que tentará a reeleição no próximo ano. Porém, Campos disse que as mobilizações organizadas pelas redes sociais significam uma “negação às lideranças” que estão à frente dos movimentos político e social no país.
O pleito para a redução das tarifas de ônibus no plano nacional se deve à Medida Provisória 617, sancionada pelo Governo Federal, no mês passado. Com a implantação do projeto, as empresas de ônibus ficaram isentas de pagar as alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
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