Campos quer desvincular imagem de João da Costa

- Com a campanha praticamente pavimentada em cima de se mostrar como oposição e uma alternativa a atual gestão do petista João da Costa, o candidato pelo PSB à Prefeitura do Recife, agora pode ver esta imagem por Esteves jacinto, do PRTB. No guia eleitoral, Jacinto resgatou um vídeo da campanha de 2008, onde o padrinho político de Geraldo Júlio, o governador pernambucano e presidente do PSB, Eduardo Campos, aparece pedindo votos para o petista. Campos ingressou com uma ação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) para a retirada de sua imagem do guia e teve o seu pedido negado.

No vídeo de 2008, Campos pede votos para João da Costa afirmando que o mesmo tem visão de futuro, capacidade de trabalho e competência para administrar a capital pernambucana. O PSB integra até hoje  administração petista tendo à frente o vice-prefeito Milton Coelho. Na tentativa de se desvincular do prefeito, que tem apenas 24% de aprovação e um índice  de rejeição bastante elevado, além de querer consolidar o nome de Geraldo Júlio como o único  a “mudar de verdade” a cidade do Recife, Eduardo ingressou na Justiça Eleitoral com uma ação por direito de imagem. O juíz Adriano de Oliveira Mariano negou o pedido por entender que  o direito de imagem tem como objetivo  a intimidade e a vida privada, não cabendo a este caso específico imagem".

O temor do PSB é que a fala do governador seja utilizada não apenas pelo PRTB, mas também pelo PT, que tem hoje nos socialistas o seu maior adversário. O fato pode jogar mais lenha na fogueira já que a campanha de Geraldo Júlio está centrada no pilar de ser apresentado como homem de confiança de Eduardo, na sua capacidade de gestão e no fato de se apresentar como uma renovação aos 12 anos em que o Partido dos Trabalhadores esteve à frente do Executivo municipal.

Apesar do ataque do PRTB, o vídeo não deverá causar muitos estragos à campanha socialista. Isto porque a candidatura de Esteves Jacinto é considerada por muitos como uma espécie de “candidatura de aluguel”. Além disso, ele teve a sua candidatura impugnada pela Justiça Eleitoral por não  prestado contas da sua campanha para a Câmara Federal  em 2010, dentro do prazo correto, e nem ter pago uma multa de R$ 3,50 em função de não ter votado  no segundo turno das eleições do mesmo ano. Ele recorreu e está disputando o pleito municipal sub judice, até que saia uma decisão final.