Campos tece novas críticas contra o Governo

PE247 – O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), fez novas críticas à política econômica do Governo Federal, durante uma reunião com os associados do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), realizada nesta sexta-feira (15), em São Paulo. O gestor, que tem intenção de se lançar à Presidência da República em 2014, afirmou que o setor varejista crescia abaixo do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, que teve um crescimento de apenas 0,9% em 2012, por causa da desigualdade social no País.

“Hoje somos o 7º maior mercado interno do mundo, mas temos muito espaço para crescer e podemos alcançar o quinto lugar. A desigualdade é uma ameaça, mas deve ser encarada como uma grande oportunidade”, declarou Eduardo Campos. O IDV representa 43 empresas varejistas do Brasil dos mais variados setores, dentre eles o de móveis, eletrodomésticos, vestuário e alimentos.

O gestor também defendeu medidas estruturais, como as reformas tributária e política, como forma de melhorar os indicadores e o desempenho da economia e das instituições. Além disso, Campos avalia que o Brasil tem alguma contradições, como importar petróleo, mesmo tendo descoberto o pré-sal, exportar minérios de ferro para a China e importar trilhos.

“Também é preciso compreender a questão social, entendendo a educação não como discurso, mas como um investimento prioritário e coordenado com outras áreas, como saúde e segurança”, acrescentou.

Já o presidente do IDV, Flávio Rocha, disse que, pelo nono ano seguido, o varejo cresce acima do PIB, divergindo, assim, da opinião de Eduardo Campos. Segundo o dirigente, o setor é o que gera o maior número de empregos da iniciativa privada no país. “Nesta década, o varejo assumirá o papel de protagonista, sendo o grande propulsor do crescimento, pois, hoje, o setor é a locomotiva da economia brasileira”, observou.

O encontro significou mais um passo do governador pernambucano para conseguir angariar apoio do setor empresarial em torno do seu projeto presidencial para 2014. Em tese, Campos já ganhou uma significativa credibilidade ao defender a necessidade de se criar um novo Pacto Federativo para desconcentrar os recursos da União e, em consequência, dar mais independência aos estados e municípios de aplicarem os seus investimentos. O que, teoricamente, favorece os empresariado em função da redução da burocracia.