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Canavieiros cobram ajuda Federal em função da seca

O setor canavieiro do Nordeste discute a elaboração de um Programa de Subvenção em caráter emergencial da atividade no Nordeste em função dos prejuízos que chegam a afetar em até 35% a produção de alguns estados da Região; os produtores querem o reajuste em R$ 10,00 no preço da tonelada de cana fornecida na safra 2011/2012, em vez dos R$ 5,00 pagos atualmente; caso o Governo não atenda as reivindicações, o setor ameaça realizar um protesto no dia 18 de fevereiro, quando a presidente Dilma Rousseff (PT)estará em Pernambuco

Canavieiros cobram ajuda Federal em função da seca

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Leonardo Lucena_PE247 – Representantes do setor canavieiro reuniram-se nesta terça-feira (23) na Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) para discutir a elaboração de um Programa de Subvenção em caráter emergencial da Atividade Canavieira no Nordeste. A entidade quer que o Governo Federal reajuste em R$ 10,00 o preço da tonelada de cana fornecida na safra 2011/2012 em vez dos R$ 5,00 pagos atualmente. O presidente da AFCP, Alexandre Lima afirma que se o governo não repassar a verba o mais rápido possível, os canavieiros farão uma manifestação no dia 18 de fevereiro, quando a presidente Dilma Rousseff (PT) visitará o Estado.

Os prejuízos da maior seca dos últimos 50 anos variam de 30% a 35% da produção de cana-de-açúcar em alguns estados do Nordeste. Na região, o setor agrega 21 mil produtores de cana e é responsável pela geração de 90 mil empregos diretos e outros 270 mil indiretos.  “Estaremos encaminhando o projeto ao Governo Federal nesta semana. No dia 18 de fevereiro, se não houver nenhuma sinalização do governo, vamos fazer uma grande manifestação na visita da presidente Dilma”, acrescentou Alexandre Lima.

Segundo o dirigente, o Governo Federal tem priorizado a ajuda aos agricultores do Sertão e do Agreste pernambucano. “Na Zona da Mata, especificamente, não houve nenhuma intervenção do governo para socorrer os fornecedores de cana”, declarou.

Embora os prejuízos da seca tenham afetado, primeiramente, o Sertão e o Agreste nordestino, na Zona da Mata a situação é considerada crítica. De acordo com dados do Sindicato das Indústrias do Açúcar e do Álcool (Sindaçúcar-PE), cerca de 53 milhões de toneladas de cana devem ser esmagadas na safra 2012/2013 (setembro a março) no Norte-Nordeste, um declínio de 18,4% em relação à safra 2011-2012.

Em Pernambuco, nove municípios da Zona da Mata decretaram estado de emergência e outros 12 estão esperando o reconhecimento da Defesa Civil, ligada ao Ministério da Integração. Conforme o Sindaçúcar-PE, o setor canavieiro pernambucano deve fechar esta safra com 13,4 milhões de toneladas de cana moídas, 42,25% a menos do que na safra anterior.

“Estamos pleiteando em caráter emergencial para que seja agilizado o pagamento do quarto ano dessa subvenção, que está atrasado, para dar uma sobrevivência aos produtores”, disse Lima.

 

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