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Caos nos transportes se espraia por 7 capitais

Há paralisações de Metrô e trens em São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Natal, Maceió e João Pessoa; algumas já duram quase dez dias; em Salvador, ônibus não rodam; na capital paulista, greve afetou mais de quatro milhões e instaurou caos; assembléia de metroviários atrasa

Caos nos transportes se espraia por 7 capitais (Foto: Folhapress)

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247 – O caos que resulta da paralisação de trens da CPTM e do Metrô não se limita à cidade de São Paulo nesta quarta-feira 23. A greve de metroviários e ferroviários já atinge cinco Estados brasileiros. Em Belo Horizonte (Minas Gerais), os metroviários estão paralisados desde o dia 14. Os metroviários de Recife (Pernambuco) e os ferroviários dos Estados de Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte estão parados desde o último dia 15. Em Salvador, capital da Bahia, quem faz greve são os rodoviários.

Os metroviários e ferroviários protestam contra a proposta da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) de não reajustar os salários este ano. Entre as reivindicações da categoria, está a reposição da inflação, o que representa um reajuste de 5,1%. Os trabalhadores também exigem gratificação de desempenho por passageiro transportado, pagamento integral de plano de saúde e adicional noturno de 50%.

Segundo o secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, o prazo para as negociações não expirou e, por isso, as paralisações não se explicam. "Ainda temos dez dias pra resolver, a data-base para a negociação da categoria é maio, e maio não acabou ainda", afirmou, em entrevista ao programa Hoje em Dia, da TV Record.

Já o diretor do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Alex Fernandes, afirmou que os metroviários tentam negociar com o Governo do Estado de São Paulo desde 30 de abril, quando foi entregue uma proposta pelo sindicato, mas até agora não obteve sucesso. "Não queríamos prejudicar a população a esse ponto", disse Fernandes, em entrevista ao programa Hoje em Dia, da TV Record. Sobre a situação atual da empresa, ele conta que os trabalhadores com salários menos favorecidos praticamente "carregam a companhia nas costas", no sentido de trabalharem mais e receberem menos. "Eles querem privilegiar a direção da empresa, chefes de departamentos".

Em Belo Horizonte, o Sindimetro-MG (Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais) calcula que entre 210 mil e 230 mil passageiros estão sendo afetados pela paralisação. Em Natal, capital do Rio Grande do Norte, além das reivindicações comuns às outras cidades, o Sintefern (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias no Estado do Rio Grande do Norte) pede ainda que os trens que estão parados desde outubro - três dos quatro existentes - voltem a operar.

Em Salvador, a previsão é que a greve intermunicipal dos rodoviários perdure até a próxima segunda-feira, 28. A paralisação foi determinada em reunião nesta terça-feira da categoria com o Tribunal Regional do Trabalho. Eles pedem 13,8% de reajuste salarial. O Ministério Público e a Secretaria do Trabalho ofereceu de volta 8%, rebatidos por 11% dos trabalhadores. Por conta da greve, soteropolitanos têm improvisado para chegar ao trabalho, fazendo uso, por exemplo, de transportes clandestinos.

Com informações dos Sindicatos dos Metroviários

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