Caron vai a júri popular por morte após lipo
Falso cirurgião plástico pode pegar até 30 anos de prisão por perfurar fatalmente o fígado de oficial de Justiça de 23 anos; o ex-médico (ele teve o registro profissional cassado pelo CFM) já foi condenado a 30 anos de cadeia em penas somadas pelas mortes de duas mulheres em Brasília; no total, ele é acusado de matar seis mulheres; o julgamento acontece nesta quinta-feira (29) no 2º Tribunal do Júri de Goiânia
Goiás247_ O 2º Tribunal do Júri de Goiânia julga nesta quinta-feira (29) pela manhã o ex-médico Denísio Marcelo Caron pela morte de Flávia de Oliveira Rosa. A então oficial e Justiça morreu em 12 de março de 2001, em Goiânia, aos 23 anos, em decorrência de complicações em uma lipoaspiração realizada por ele. Durante o procedimento, o médico perfurou o fígado da paciente e mesmo assim lhe deu alta. A sessão será presidida pelo juiz Lourival Machado da Costa, que permitirá a presença da imprensa, desde que não sejam feitos foto nem vídeo.
Caron será julgado por homicídio duplamente qualificado: motivo torpe e com uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Flávia Rosa é uma das cinco vítimas fatais que fizeram cirurgia plástica com Marcelo Caron e morreram em razão dos procedimentos. Duas outras são de Goiânia, duas de Brasília. A pena no caso pode chegar a 30 anos de prisão.
Caron é acusado pela morte seis mortes, duas em Brasília e quatro em Goiânia. Ele já está condenado a 30 anos de cadeia pelas duas ocorrências do Distrito Federal. Há outra condenação por lesão corporal grave em Goiânia. Caron atuava como cirurgião plástico em nas capitais goiana e federal, mesmo sem ter especialização. Por essa razão ele teve o registro profissional cassado pelo Conselho Federal de Medicina.
