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Carta de Goiás defende novo pacto federativo

3º Fórum Desenvolvimento, Federalismo e a Dívida dos Estados, promovido pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais, foi realizado nesta terça-feira, 16, na Assembleia Legislativa do Estado; documento elaborado no encontro critica a insensibilidade e o centralismo do governo federal na questão tributária; questiona também o alto índice utilizado no coeficiente de reajuste das dívidas para com a União, que ao longo dos anos têm se tornado impagáveis

Carta de Goiás defende novo pacto federativo (Foto: Sergio Rocha)
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Goiás247_ A Assembleia Legislativa de Goiás foi palco nesta terça-feira, 16, do 3º Fórum Desenvolvimento, Federalismo e a Dívida dos Estados, promovido pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale) e pela Casa. O evento debateu a dívida dos Estados e municípios e o Pacto Federativo e, também, as consequências do endividamento dos Estados no desenvolvimento.

Durante o evento, um dos assuntos mais abordados pelos participantes foi a dificuldade que vêm sendo enfrentada por Estados e municípios frente à concentração da arrecadação na esfera federal, e o paralelo aumento das responsabilidades destes em áreas como saúde, educação, entre outros.

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Os participantes colocaram em pauta também o alto índice utilizado no coeficiente de reajuste das dívidas para com a União. Segundo a opinião de muitos, uma bola de neve gigantesca, que ao longo dos anos têm se tornado impagável. A pregação é pela alteração dos indexadores da operação e a transformação desta diferença astronômica em novos investimentos nos Estados.

O presidente da Unale disse que a entidade vai continuar buscando caminhos por um melhor e mais equilibrado pacto federativo para o Brasil. Para Messac os números são cristalinos e preocupantes tendo em vista que a União concentra pelos menos 72% do bolo tributário dos Estados e municípios.

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Para o vice-governador de Goiás, José Eliton (DEM), que representou o governodor Marconi Perillo (PSDB) o Brasil vem perdendo o conceito de unidade federada e que a cada dia a União impõe obrigações aos Estados e municípios sem o apontamento da respectiva fonte para cumprir essas despesas.

O relator da Comissão Especial da Dívida Pública do Estado de Minas Gerais, deputado Bonifácio Mourão (PSDB-MG), apresentou as sugestões da Unale para os problemas em foco. Os deputados estaduais dos Estados presentes no Fórum acataram as propostas apresentadas e que constarão da “Carta de Goiás”.  Os termos principais desta Carta, apresentado pelo deputado mineiro são: o uso do IPCA como índice de correção; a cobrança de juros de 2% ao ano e o comprometimento máximo de 9% da receita são as propostas da Comissão Especial da Unale para renegociar a dívida dos estados com o governo federal (União). O débito atual ultrapassa R$ 430 bilhões.

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Primeiramente, ele sugeriu que se faça uma proposta para retroagir 98% o Índice de Correção Monetária (IGP-DI). Em seguida, abordou sobre as taxas de juros, sugerindo um relatório final para ser levado à Brasília. “Precisamos chegar a uma proposta. Todos os Estados pagam juros elevados que valem de 6% a 9%, somado às correções. A proposta é reduzir para 2%.”

O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, sugeriu que para mudar a situação somente uma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva para discutir a questão federativa.

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Após o encerramento da programação matutina, os participantes do Fórum decidiram, sem intervalos, dar continuidade com a programação do período vespertino.

Assim, o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Fernando Rezende ministrou a palestra “Federalismo e as Mudanças Necessárias” e, em seguida, o presidente da Associação Goiana de Municípios (AGM) e prefeito de Bom Jardim de Goiás, Cleudes Baré Bernades, falou sobre “O Pacto Federalismo no Brasil”.

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Fernando Rezende disse que houve uma enorme disparidade nas capacidades de atendimento das demandas de suas populações e perda de influência dos entes federados na política nacional.

O professor da FGV explicou que a autonomia foi sufocada por uma crescente centralização, as agendas federativas e social entraram em conflito e apresentou as algumas ações para recuperar o equilíbrio e fortalecer a federação.

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Ao encerrar o encontro, o presidente da Unale, deputado Artagão Júnior (PMDB-PR), adiantou que entre os dias 21 e 24 de maio será realizada a XVII Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (CNLE), em Recife (PE). Ele, ainda, agradeceu a presença e a contribuição de todos os participantes para a elaboração da “Carta de Goiás”.

O evento foi aberto às 9h20 no Plenário Getulino Artiaga pelo presidente da Assembleia, deputado Helder Valin (PSDB). Também participaram do encontro o presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, representante do Colegiado dos Presidentes das Assembleias Legislativas, deputado estadual Joares Ponticelli (PP); o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo (PDT); o vice-presidente da Assembleia do Amazonas, Belarmino Albuquerque ( PMDB); além de deputados de Minas Gerais, Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Sul, Tocantins, Espírito Santos e Distrito Federal.

Acompanharam o Fórum, ainda, os deputados da Casa, Álvaro Guimarães (PR), Carlos Antonio (PSC), Lincoln Tejota (PSD), Marcos Martins (PSDB), Júlio da Retífica (PSDB), Doutor Joaquim (PSD), Paulo Cezar Martins (PMDB), Ney Nogueira (PP) e Nédio Leite (PSDB).

A iniciativa de trazer o debate para Goiás foi do deputado Daniel Messac (PSDB). O parlamentar argumenta que, hoje, existe uma concentração elevada de recursos financeiros nas mãos da União. Daniel Messac explicou que ideia é de elaborar a “Carta de Goiás”, com propostas, e enviá-la ao Congresso Nacional e à presidente Dilma Rousseff.

O evento deu continuidade ao ciclo de encontros promovidos pela Unale, Colegiado de Presidentes das Assembleias Legislativas e legislativos estaduais. Já foram realizadas reuniões nas assembleias de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Santa Catarina, Acre, Rio Grande do Norte e Paraíba. O primeiro deles ocorreu na capital mineira, no dia 13 de fevereiro de 2011.

(Com informações da Agência Assembleia)

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