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Caso PC: perícia encontrou pólvora na mão de Suzana

Perita criminal Anita Buarque foi primeira especialista a chegar ao quarto da mansão onde os corpos do empresário Paulo César Farias e de sua namorada, Suzana Marcolino, foram encontrados; Anita afirmou que testes apontaram presença de resíduos de pólvora nas mãos de Suzana e destacou ainda que o laudo pericial foi subscrito por 11 profissionais, atestando que Suzana Marcolino matou PC Farias; promotor Marcos Mousinho levanta possibilidade de "falso positivo"

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Alagoas247 - Com o depoimento da perita Anita Buarque de Gusmão, o julgamento do Caso PC Farias foi reiniciado na tarde desta quarta-feira (8), após uma breve pausa para almoço. A perita foi a primeira a chegar ao quarto da mansão em Guaxuma, onde foram encontrados os corpos de Paulo César Farias e Suzana Marcolino. Em depoimento ao juiz Maurício Brêda, a perita afirmou que testes apontaram a presença de resíduos de pólvora nas mãos de Suzana.

A perita destacou ainda que o laudo pericial subscrito por 11 profissionais - atestando que Suzana Marcolino matou PC Farias - foi assinado por uma equipe também composta por agentes da Polícia Federal. “Realizamos a perícia nas mãos de Suzana com um reagente e encontramos resíduos de nitrito de pólvora. Já na mão de PC Farias o reagente não deu positivo. O mesmo teste foi realizado no IML e o resultado foi o mesmo", discorreu. 

Inicialmente, Buarque descreveu com detalhes a cena encontrada por toda a equipe. “Fui, sim, a primeira perita a chegar ao quarto. Num primeiro momento, encontramos a cena com os dois corpos e, após diversas análises, concluímos que houve um assassinato e, posteriormente, um suicídio. O secretário de segurança, à época, deu-nos total liberdade para realizarmos os trabalhos na mansão”, recordou.

Ainda segundo ela, um terceiro laudo com reagente - produzido em São Paulo – também apontou resíduos nas mãos de Suzana. “Este outro laudo apontou o mesmo resultado obtido em Alagoas. Foram encontradas diversas substâncias que apontam que a Suzana poderia ter atirado”, explicou à perita, revelando que as substâncias também estavam nas roupas da namorada de PC Farias. 

Sobre o arrombamento da janela do quarto - por onde entraram seguranças e funcionários da mansão -, a perita reforçou que sua equipe realizara diversos testes. Já o representante do Ministério Público de Alagoas, promotor Marcos Mousinho, tentou apontar 'erros pontuais' no trabalho do grupo. 

Em seguida, a perita tentou explicar o movimento que teria impulsionado a arma após o tiro contra si mesma - no caso, Suzana Marcolino. “Pelo que sei, a arma teria se projetado sob a cama após o disparo. Esta questão pode ser melhor explicada pelo médico legista Badan Palhares”, frisou. 

E ao contrário do que defende o Ministério Público, a declarante assegurou que a cena do crime não foi alterada até a primeira perícia. “Não mexeram no quarto até a hora que chegamos ao local. Ao menos esta é a minha conclusão. Não havia nada que nos levasse a acreditar que houve, de alguma forma, manipulação da cena do crime”, emendou a profissional, ressaltando que a perícia fotografou toda a cena do crime. 

Já quando questionada se houve algum tipo de pressão externa para a elaboração do laudo pericial, a perita voltou a garantir que o trabalho fora realizado com isenção. “Sempre tivemos total liberdade. Não houve pressão ou qualquer tipo de pedido”, emendou. 

No total, mais de 15 testemunhas já foram ouvidas nos três primeiros dias do Tribunal do Júri, no Fórum do Barro Duro, em Maceió. Há a expectativa de que o julgamento prossiga até o final da próxima sexta-feira (10).

O perito criminal Nivaldo Gomes Cantuária foi o segundo membro da equipe a depor na tarde desta quarta-feira (8) sobre a morte de PC Farias, no Fórum do Barro Duro. Cantuária explicou ao juiz Maurício Brêda o passo a passo o trabalho que peritos realizaram no quarto que PC e Suzana foram encontrados sem vida.

 “Realizamos - em regra - todos os procedimentos necessários que uma cena de crime necessita. Inclusive, encontramos nas mãos de uma dos mortos resíduos de pólvora. O resultado é imediato. Havendo substâncias, o reagente dá, como reação, positivo”, explicou.

Cantuária foi o segundo perito que realizou o exame nas mãos de PC e Suzana. “O resultado foi o mesmo da primeira perícia realizada na mansão. Dando positivo, a cor cereja é o resultado da reação química. Esse procedimento era utilizado em todo Brasil antes da morte deles e, posteriormente, também. No entanto, o método foi questionado com a repercussão do caso PC”, emendou.

O perito explicou ainda em plenário que o procedimento realizado nas mãos de PC e Suzana ficou obsoleto em virtudes do falso positivo. “Atualmente, essa método não é mais utilizado. Acompanhando a evolução da sociedade, outros caminhos foram encontrados para examinar uma cena de crime", ponderou.

 O promotor Marcos Mousinho tenta trazer ao Tribunal do Júri a possibilidade de "falso positivo" na reação dada nas mãos da namorada do empresário. “É possível sim existir essa reação. Essencialmente, basta utilizar qualquer elemento que contenha, na substância, nitrato de pólvora.”

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Com gazetaweb.com

 

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