Ceará ainda não contabilizou prejuízo com suspensão da Refinaria
De acordo com levantamentos preliminares feitos pelo TCM, foram identificados dispêndios com projetos, gerenciamento e obras de infraestrutura, além de doação de terreno, desapropriações, custos de viagens e custos de licenciamento. O governador Camilo Santana não tem se furtado, quando questionado, de reafirmar sua disposição de lutar pela revisão da decisão da estatal, que deve causar enormes prejuízos ao projeto de desenvolvimento industrial do Ceará
Ceará 247 - O governador continua afirmando seu inconformismo com o cancelamento da Refinaria Premiun II. O chefe do executivo estadual tem dito, reiteradamente que vai cobrar caro da Petrobras os prejuízos que poderão ocorrer no Estado, “caso a refinaria não aconteça”. Os cálculos dos possíveis prejuízos, segundo o governador, ainda estão sendo calculados. “Sou muito otimista e não vamos abrir mão de o Ceará ter uma refinaria”, destacou.
“É imensurável o prejuízo da suspensão da obra”, explicou Camilo, ressaltando os inúmeros projetos que foram postos em prática para a implantação do equipamento. Como por exemplo, o curso de Petroquímica da Universidade Federal do Ceará, formando profissionais para atuar na refinaria. “Não é só o valor do terreno, dos investimentos no Complexo Portuário do Pecém, é todo um planejamento que a iniciativa privada fez pensando no futuro da região, além de um dos eixos do Centro de Treinamento do Trabalhador Cearense que é a petroquímica”, disse.
O governador disse que não vai deixar de lutar. “Da mesma forma que ninguém acreditava na Siderúrgica, que hoje, é uma realidade, a refinaria também acontecerá. Vamos garantir esse importante empreendimento para o Ceará. A Siderúrgica deve ser inaugurada ainda este ano e gerará milhares de empregos e aumentar substancialmente o PIB do Estado”, completou.
De acordo com levantamentos preliminares feitos pelo Tribunal de Contas do Estado (TCM), foram identificados dispêndios com projetos, gerenciamento e obras de infraestrutura na área do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (reforço da ponte 2 e quebra mar), incluindo linhas de transmissão de energia, implantação da Reserva Indígena Taba dos Anacés (unidade habitacional, escola, posto de saúde, vias, energia, terraplenagem, abastecimento de água e esgotamento sanitário), Centro de Treinamento do Trabalhador, Trecho II do Desvio da CE-085 (entre a Ponte do Rio Cauipe e a área destinada a Refinaria), doação de terreno, desapropriações, custos de viagens e custos de licenciamento.
A 11ª Inspetoria de Controle Externo, responsável pelos trabalhos de acompanhamento e fiscalização de obras públicas que envolvam recursos estaduais, verificou que, além da Secretaria da Infraestrutura, onde se concentra a maioria das obras, houve o envolvimento da Secretaria do Turismo, Secretaria da Ciência e Tecnologia, Superintendência Estadual do Meio Ambiente e Secretaria do Desenvolvimento Agrário.
Com informações do TCM-CE
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