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      Cem pessoas permanecem na Vila Santa Rita

      A previsão era de que o grupo saísse neste sábado; famílias resistiram a ação policial e estão em situação precária

      Gisele Federicce avatar
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      247 – A ocupação na Vila Santa Rita permanece indefinida, mesmo com ação policial da última sexta-feira 12. Famílias se comprometeram a sair neste sábado, mas por enquanto permanecem no local.

      Confira mais detalhes na matéria do Estado de Minas:

      Daniel Silveira
      Em meio a um amontoado de colchões, roupas e o pouco que restou das dezenas de barracos da ocupação Eliana Silva, na Vila Santa Rita, Região do Barreiro, em Belo Horizonte, cerca de 100 pessoas decidiram permanecer no local desde essa sexta-feira, quando a Polícia Militar iniciou o cumprimento do mandado de reintegração de posse da área. Dormindo ao relento e se valendo de sombrinhas para se proteger do sol forte, os integrantes do grupo mantinham esperança de poder permanecer no local. Entretanto, após reunião entre as lideranças do movimento, ficou decidido que o terreno será totalmente desocupado ainda neste sábado.

      Entre as pessoas que permaneceram na área, cerca de 20 são crianças, a maioria de colo. Segundo um dos líderes da ocupação, Leonardo Péricles, coordenador do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas, Leonardo Péricles, a situação precária em que as crianças se encontram foi determinante para a decisão de deixar a área. Segundo ele, como a ocupação da área era incerta, muitas famílias mantiveram suas moradias antigas, a maioria de aluguel, e retornarão para elas. Entretanto, garantiu que ainda vão lutar pelos seus ideiais. "A PM derrubou nossos barracos, mas não a nossa vontade de lutar", enfativou.

      Cerca de 50 policiais militares também permaneceram no local desde a noite anterior. Segundo o tenente Thiago Rocha, não houve nenhum tipo de protesto ou confronto. Ele permitiu a entrada de água e alimentos no terreno. Como os fogões industriais que havia no local foram retirados pela PM, restou ao grupo improvisar um fogão a lenha.

      Frei Gilvander é uma das pessoas que também permaneceram no local. Articulador dos movimentos de sem teto e sem terra, ele recebeu permissão dos policiais para receber até cinco pessoas por vez dentro da área. Enquanto isso, todo o terreno começou a ser cercado pela prefeitura com arames farpados. Tal situação, segundo a assessoria do Ministério Público, seria questionada à Justiça por dois promotores da Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Social, uma vez que a cerca está sendo instalada em um terreno sub-judice.

      Com informações de Pedro Ferreira.

       

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