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      Cemig: luz mais barata pode inibir investimentos

      Presidente da estatal mineira de energia, Djalma Morais diz a interlocutores ouvidos pelo 247 que a polêmica em torno do corte na conta de luz, proposto pelo governo federal, põe em risco os investimento no setor, que pode ter “problemas complexos”. Caso envolve também a disputa para 2014, entre o PT do ministro Pimentel e o PSDB do senador Aécio

      Cemig: luz mais barata pode inibir investimentos
      Heberth Xavier avatar
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      Heberth Xavier_Minas 247 - O presidente da Cemig, Djalma Morais, tem evitado falar à imprensa nos últimos dias. Experiente no cargo -- é presidente da estatal de energia mineira desde o governo Itamar Franco --, ele sabe que a polêmica em torno do corte nas tarifas de energia, proposto pelo governo federal e não aceito pelos governos de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, é um assunto espinhoso o suficiente para quem conseguiu se equilibrar num cargo tão disputado durante tantos governos estaduais.

      Mas o 247 conversou com interlocutores frequentes de Djalma. Deles ouviu que o presidente da Cemig está “decididíssimo” a entrar na Justiça contra a medida provisória do governo Dilma Rousseff que estabelece a redução nas tarifas de luz. “Estamos apenas aguardando a MP passar a valer, ser aprovada no Congresso e sancionada pela presidente”, teria dito Djalma Morais.

      A principal crítica dele à proposta é que ela fere contratos e investidores. No primeiro caso, ficaria abalada a relação de confiança que, em tese, deveria existir entre governos e empresas. No segundo caso, como consequência, os investidores podem até cancelar aportes previstos no setor. “Temos é que garantir investimentos, não ficar querendo fazer política com isso”, teria afirmado o presidente da Cemig.

      Ele repete o argumento usado pelo governador mineiro Antonio Anastasia, que viu apenas como “coincidência” o fato de três estados administrados pelos tucanos (Minas, SP e Paraná) liderarem as críticas à medida provisória.

      Por fim, Djalma também tem afirmado temer por “problemas complexos” -- leia-se falta de energia -- em momentos de alta do consumo, como os que devem ocorrer durante eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. “Tem muito investimento sendo feito no país para atender a esses eventos, e eles vão aumentar a demanda por energia.”

      O assunto tem rendido muita polêmica no meio político. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), mesmo correndo o risco de ser mal interpretado e perder popularidade -- é o principal candidato a candidato à presidência pelos tucanos em 2014 --, não deixou de criticar a proposta de corte das tarifas. Os petistas, por sua vez, estão aproveitando o episódio para explora-lo politicamente, atribuindo ao PSDB a posição pouco popular de ser contra a conta de luz mais barata. O ministro do Desenvolvimento -- e petista --, Fernando Pimentel, chegou a dizer, num recado aos tucanos: “Agora vai ser assim, bateu, levou”.

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