Cercado em casa, Haddad nega redução de tarifa
Cerca de 100 manifestantes se concentraram, a partir das 21h30, diante do prédio em que mora o prefeito, no bairro do Paraíso; houve pressão e xingamentos; policiamento teve de ser reforçado; Fernando Haddad disse que não revogará aumento de R$ 0,20 nas passagens de ônibus; "Até eu e minha família podemos ser retaliados", disse
247 - Depois de saber, por assessores, da depredação da fachada da Prefeitura de São Paulo, onde trabalha, o prefeito Fernando Haddad teve o edifício em que mora cercado por um grupo estimado em 100 manifestantes, no bairro do Paraíso. Haddad deixou a sede municipal, por volta das 18h00, de helicóptero. Foi para um encontro, no aeroporto de Congonhas, com a presidente Dilma Rousseff. Durante a conversa, a marcha de estudantes que saíra da Praça da Sé chegou à sede da Prefeitura, cercando o prédio e praticando cenas de vandalismo.
Logo após Haddad ter voltado à sua casa, cerca de 100 manifestantes se concentraram diante do prédio em que ele mora, no bairro do Paraíso. O prefeito comunicou a situação a assessores, pedindo reforço na segurança. Nessa situação, ele falou com o portal UOL, pelo telefone. "Eu e minha família podemos ser retaliados", disse o prefeito. Mas adiantou que não irá revogar o aumento de R$ 0,20 nas passagens de ônibus. Ele acentuou que contas feitas pela ministra-chefe do Gabinete Civil, Gleise Hoffmann, de que seria possível reduzir a tarifa em R$ 0,23, em razão de desonerações feitas pelo governo federal, foram retificadas por ela.
Mesmo depois de se encontrar com a presidente Dilma, Haddad confirmou seus cálculos de que a revogação do aumento significaria a necessidade de concessão de R$ 1,4 bilhão em subsídios municipais este ano. O prefeito tem viagem marcada para Brasília nesta quarta-feira 19, mas a viagem poderia ser cancelada em razão das depredações e saques ocorridos no centro da cidade.
Além do cerco à sua própria residência, Haddad se mostrou preocupado, em contato com assessores, com uma possível invasão sobre o Teatro Municipal, depois do quebra-quebra diante da sede da Prefeitura. Esse risco, no entanto, não se confirmou. No momento em que manifestantes picharam as paredes do teatro, ameaçando uma invasão, cerca de 300 pessoas assistiam à opera Rake´s Progress.
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