Cesta básica de Aracaju recua 3,5%, mas ainda é a que mais subiu no ano
Preço da cesta básica caiu em julho nas 18 capitais pesquisadas mensalmente pelo Dieese; última vez em que houve recuo no preço em todas as localidades acompanhadas pelo órgão foi em maio de 2007; em Aracaju, houve queda de preços mais significativas no valor do tomate e da banana; cesta na capital sergipana é a mais barata entre as cidades analisadas, mas também é o valor que mais inflacionou nos primeiros sete meses do ano
Sergipe 247 – O preço da cesta básica caiu em julho nas 18 capitais pesquisadas mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A última vez em que houve recuo no preço em todas as localidades acompanhadas pelo órgão foi em maio de 2007, quando o levantamento era feito em 16 cidades (não participavam Manaus e Campo Grande). Em Aracaju, a queda foi de 3,51% no mês passado, colocando a cesta básica da capital sergipana como a mais barata (R$ 239,36). Ainda assim, considerando os sete primeiros meses de 2013, a cidade apresentou um aumento de 17,3%, o maior entre as localidades que participam da pesquisa.
As retrações mais significativas foram registradas em Brasília (-8,86%), Florianópolis (-7,61%), Porto Alegre (-7,06%) e Goiânia (-7%). As menores variações ocorreram em Salvador (-0,18%), Vitória (-1,55%) e Manaus (-1,82%). A cidade de São Paulo continuou a ser a capital com o maior valor (R$ 327,44) para os gêneros alimentícios de primeira necessidade, apesar do recuo de 3,82% ocorrido no mês passado no custo da cesta paulistana. A capital do Espírito Santo (Vitória) vem em segundo lugar com R$ 310,73, seguida por Manaus (R$ 310,52) e Porto Alegre (R$ 305,91). Os menores valores médios foram observados em Aracaju, Salvador (R$ 259,73) e Campo Grande (R$ 264,87).
Na capital sergipana, o tomate e a banana foram os produtos que tiveram maior retração no valor (-11%). O preço do arroz caiu 7%. Os demais itens (carne, feijão, leite, farinha, açúcar, óleo, entre outros) tiveram redução de custo de até 2,75%.
Entre janeiro e julho deste ano, somente em Florianópolis a variação acumulada do preço da cesta básica apresentou queda (-2,08%). Nas demais 17 localidades houve alta, com os maiores aumentos verificados no Nordeste – região que atravessa período de forte seca: Aracaju, João Pessoa (15,85%), Salvador (14,36%), Natal (13,34%) e Recife (12,46%). Belo Horizonte (0,89%), Goiânia (2,34%), Curitiba e Brasília (ambas com 3,08%) apresentaram as menores variações acumuladas.
Segundo o Dieese, o menor salário pago em julho para atender às despesas de uma família deveria ser R$ 2.750,83, ou seja, 4,06 vezes o mínimo em vigor (R$ 678,00). Para chegar a esse valor, o Dieese leva em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser capaz de suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Em junho, o mínimo necessário era maior e equivalia a R$ 2.860,21, ou 4,22 vezes o piso vigente.
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