Cheque especial: sinal amarelo aceso

247 - Ninguém gosta de entrar no cheque especial – e nem os próprios bancos que, à primeira vista, ganham com os juros cobrados, admitem que essa prática entre os clientes é saudável para as instuições.

Para os clientes, as taxas cobradas só perdem em tamanho para as praticadas nos cartões de crédito. Os bancos, por seu turno, temem que esse impacto implique em elevação da inadimplência.

Mesmo assim, porém, muitas e muitas vezes entrar no cheque especial é inevitável. Trata-se da melhor forma, na hora do aperto, de fechar o orçamento do mês grandes malabarismos.

Neste momento em que o Banco Central, em suas duas últimas reuniões, aumentou a Selic, agora em 8,5%, os bancos acompanharam o movimento. A taxa média do cheque especial nos bancos, na primeira semana de agosto, ficou em 7,98%, acima dos 7,95% registrados em julho. A diferença parece, à primeira vista, pequena, mas pesa no bolsa quando se olha taxa para por taxa. Ainda mais porque a diferença entre os bancos é, de fato, muito grande.

A melhor opção de cheque especial, neste momento, está entre os bancos públicos. A Caixa Econômica Federal é a campeã do cheque especial mais em conta. Neste banco, o cliente pagará 4,27% ao mês para usar o dinheiro do banco ao seu favor. Assim, um entrada de R$ 950 no cheque especial vai significar um pagamento de R$ 990. No banco Santander, cuja taxa do especial foi apurada em 9,99% no mesmo período, aqueles R$ 950 custarão R$ 1.044 ao ser pagos trinta dias depois.

Entre esse dois extremos, as taxas bancárias do cheque especial estão com os seguintes percentuais: Banco do Brasil: 5,91%; Safra: 8,25%; Itaú: 8,75%; Bradesco: 8,86%; e HSBC: 9,82%.

Assim, espera-se que ninguém precise entrar o especial, mas, caso a necessidade seja maior do que a vontade, faça as contas na hora de correr para essa alternativa. E saiba: nestes tempos de muita atenção na economia, você não está sozinha.