Chineses ganham na balança comercial
De acordo com informaes Federao das Indstrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), a relao comercial Pernambuco-China de US$ 553 milhes; mas o Estado est em ampla desvantagem: importou US$ 544 milhes e exportou, apenas, US$ 9 milhes
Tércio Amaral_PE247 - Que o porto de Suape, no município de Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco, tem uma localização privilegiada no Nordeste, ninguém pode negar. A vocação logística do centro de distribuição vem sendo potencializada, inclusive, pelos produtos chineses. É de lá que saem boa parte dos artefatos do país asiático que chegam ao Recife e são distribuídos por várias regiões do Brasil. De acordo com informações Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), a relação comercial Pernambuco-China é de US$ 553 milhões. No saldo da balança, o Estado está em ampla desvantagem. Importou US$ 544 milhões e exportou, apenas, US$ 9 milhões.
“Houve um crescimento forte nas nossas importações entre 2010 a 2011. Saímos de US$ 372 milhões para este valor atual. Foi um crescimento de 46% em apenas um ano”, destacou o analista de negócios internacionais da Fiepe, Otávio Lessa. Segundo ele, as exportações de Pernambuco para China se mantiveram no mesmo patamar durante este período.
A relação comercial entre China e Pernambuco é desvantajosa. Exportamos mais produtos agrícolas e minérios. Compramos produtos industrializados. De um lado, vendemos granitos, couros, sucos de fruta e açúcar para os chineses. De outro, compramos guindastes, motocicletas e produtos de forte apelo comercial, como flores artificiais e bolsas. “Claro que todo este material não fica em Pernambuco ou sai daqui. Deve ser distribuído pelo Nordeste. Agora, com relação aos guindastes, é bom mencionar que é um produto que vai agregar a nossa economia. Pois, vai aumentar a nossa capacidade de produção, mostra que o Estado está se desenvolvendo”, frisa Otávio.
As motocicletas estão em segundo lugar nesta balança, com cerca de US$ 24 milhões em importações em 2011. Queridinhas dos pernambucanos, opções como a cinquentinha, moto de até 50 cilindradas que não precisa de habilitação, ocupam um lugar privilegiado na balança comercial nos últimos anos. O diretor da Shineray do Brasil, Paulo Perez, afirma que penetração da marca, que chegou ao País em 2007, é tão grande que a indústria decidiu instalar uma fábrica e um centro de distribuição no Polo Industrial de Suape.
“Devemos gerar entre 300 a 500 empregos diretos com a instalação da planta. Nossa meta é que a produção local chegue 250 mil motocicletas em 2013”, argumenta Perez, frisando que o investimento de R$ 100 milhões depende, ainda, das licenças ambientais para começar a construção. “A gente começou vendendo 23 mil unidades em 2003. No ano passado foram 88 mil. O consumidor brasileiro vem mudando sua concepção de produtos chineses e a tendência é que estas fábricas cheguem ao nosso País”, concluiu.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: