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Choque cumpre reintegração de posse na Unesp

Reitoria da Universidade Estadual Paulista, no centro de São Paulo, era ocupada desde a tarde de ontem por cerca de 100 estudantes, que foram levados hoje em micro-ônibus e camburões da PM para a delegacia; nota dos manifestantes diz que "responsabilidade por essa repressão é da reitoria"; leia a íntegra

Choque cumpre reintegração de posse na Unesp (Foto: Marco Ambrosio/Frame)
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Fernanda Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - A Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) cumpriu, por volta das 5h30 desta quarta-feira (17), mandado de reintegração de posse da reitoria da Universidade Estadual Paulista, no centro da capital paulista, que era ocupada desde a tarde de ontem por cerca de 100 estudantes. Os manifestantes foram levados em micro-ônibus e camburões da PM para a delegacia que funciona como Central de Flagrantes, no bairro Bom Retiro.

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Os estudantes permanecem em frente ao local cercados por um cordão de isolamento de policiais. Por volta das 8h20, eles negociavam com os policiais civis e militares uma solução para o caso. As autoridades só devem se pronunciar sobre o caso após o diálogo com os manifestantes. Advogados e parentes dos estudantes também acompanham a negociação.

Em nota publicada na rede social Facebook, os estudantes reclamam da "política de precarização das universidades públicas", da criminalização dos movimentos sociais e defendem paridade nas instâncias deliberativas das instituições de ensino.

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Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pelos manifestantes, pela qual repudiam a atitude da reitoria de não participar das discussões com os alunos e atribui a ela a responsabilidade pelo que chamam de "repressão" ao protesto:

BOLEMTIM DO DCE PROVISÓRIO - 17/07

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URGENTE

INFORMAÇÕES SOBRE A OCUPAÇÃO DA REITORIA DA UNESP

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ESTUDANTES DA UNESP ESTÃO SUJEITOS À REPRESSÃO POLICIAL

Em resposta a morosidade das negociações e frente ao DESCASO da reitoria para com as pautas estudantis, ontem (16/07) ao meio dia, a reitoria da UNESP foi ocupada de maneira pacifica pelos estudantes em greve, não havendo nenhum dano ao patrimônio. Os estudantes tem plena consciencia de seus atos e nunca prezaram pela depredação dos ambientes, nossa luta é política contra a estrutura de poder que está instaurada na nossa universidade.

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De acordo com informações, no fim desta tarde policiais a paisana entraram no prédio para planejar junto à Assessoria Jurídica da UNESP as ações de repressão aos grevistas, contrariando a primeira pauta do movimento que pede NÃO REPRESSÃO AOS MOVIMENTOS SOCIAIS, pauta acordada entre a vice-reitora Marilza Vieira da Cunha Rudge e o Movimento Estudantil na última ocupação (27/06). Foi pedido pela reitoria a reintegração de posse do prédio, fato que coloca os estudantes em luta pela democratização da universidade (cotas, bolsas, restaurante universitário, moradia), sob ameaça de repressão brutal na reitoria. Cabe ressaltar que esse processo de reintegração é o mesmo que foi pedido no dia 27/06, que havia sido arquivado após a desocupação. Mais uma vez a reitoria mostrou sua intransigência ao retomar um processo que já deveria ter sido findado.

Consta no boletim que foi encaminhado para a Policia Militar a informação de que os funcionários que ainda estavam no prédio da reitoria se sentiram constrangidos pelo Movimento Estudantil que, segundo eles, não estavam liberando a saída do prédio. Mais uma MENTIRA que foi dita, desde o inicio da ocupação, a instrução dos alunos era para que os funcionários desocupassem o prédio, inclusive possuímos um vídeo que mostra os alunos indicando aos funcionários e a própria vice-reitora, a desocupação.

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Na parte da noite, o Movimento Estudantil foi chamado pela Vice-reitoria, que propôs a desocupação do prédio em troca da negociação das pautas estabelecidas. Durante todo o dia a direção da universidade não se posicionou perante a ocupação e não fez questão de negociar. Essa postura demonstra o caráter repressor da reitoria, que não busca o dialogo com os alunos e que apenas impõe suas decisões arbitrárias.

Em plenária realizada na noite do dia 16/07 o Movimento Estudantil deliberou pela continuidade da ocupação e pela resistência ao pedido de reintegração. A reitoria se fechou para negociações e não fez nem questão de conhecer nossas pautas. Um major da Policia Militar adentrou a reitoria para negociar a entrada da Tropa de Choque com os estudantes.

Nós não vamos aceitar negociar com a polícia. A reitoria não pode permitir que isso aconteça e não pode se ausentar das discussões com os alunos.

REPUDIAMOS essa atitude FASCISTA! Queremos liberdade e respeito.

TODA A RESPONSABILIDADE POR ESSA REPRESSÃO É DA REITORIA E DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, QUE JÁ DEMOSNTROU INUMERAS VEZES SEU CARÁTER ELITISTA E VIOLENTO!

OS ESTUDANTES PEDEM O APOIO DE TODOS AQUELES QUE SE SOLIDARIZAM COM A LUTA POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE.

Convocamos todos os veículos de comunicação para uma coletiva de imprensa na reitoria, às 9h do dia 17/07. A intenção é explanar todos os acontecimentos e deixar claro nossas pautas e ações.

Convocamos também a todos que estiverem na cidade de São Paulo para um ATO em frente à reitoria, no dia 17/07, às 14h. NÃO À REPRESSÃO! FORA DURIGAN! CONTRA O PIMESP!
POR UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA, GRATUITA, DE QUALIDADE E DO POVO!

DIVULGUEM ESTA INFORMAÇÃO às mídias, movimentos sociais, grupos e em seus perfis.
Pedimos a colaboração de todos nesse momento crucial da nossa luta.

A Luta Continua!
DCE- Helenira Resende

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