Choque de gestão? Minas aponta 'herança maldita'
Peça orçamentária encaminhada nesta quinta-feira 12 pelo governador Fernando Pimentel, do PT, à Assembleia Legislativa de Minas Gerais desconstrói o discurso do 'choque de gestão' usado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) na disputa presidencial de 2014; em vez de contas equilibradas, o estado que foi governado nos últimos 12 anos por Aécio, pelo senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) e por Alberto Pinto Coelho, do PP, mas aliado dos tucanos, deixou um rombo de R$ 6 bilhões; "O governo passado apresentou uma peça orçamentária irreal", afirmou o secretário de Planejamento Helvécio Magalhães, que apontou receitas superestimadas em R$ 4 bilhões e despesas omitidas de R$ 2 bilhões; Pimentel classificou como 'grave' a situação financeira de Minas
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"Não vamos receber esse ano os dividendos de 2014, pois os valores foram todos antecipados até o limite", explicou o secretário da Fazenda José Afonso Bicalho. Devido ao déficit, o estado vai zerar os investimentos com recursos próprios, mas serão realizadas obras e contratação de serviços com recursos vinculados e de operações de crédito.
Apesar da grave situação financeira do Estado, o governador Fernando Pimentel assegurou a aplicação constitucional de 12% na educação, 25% na saúde e 1% na Fapemig- Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais, e todos os aumentos salariais dos servidores autorizados por lei. Os aumentos salariais serão pagos ao longo de 2015.
"O pagamento da folha está garantido, mas é importante destacarmos que a mudança no orçamento nada tem a ver com a falácia de que seria culpa das contas do governo federal. A peça anterior não era factível", disse o governador. Além disso, é ordem de Pimentel priorizar as demandas da educação. "Temos a proposta de pagar o piso salarial e temos um grupo de trabalho com os representantes. A ordem é repassar para q educação qualquer folga orçamentária", disse Helvécio.
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