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Ciro Gomes: Carta fora do baralho?

Em duas recentes entrevistas, o ex-ministro se coloca como alternativa Presidncia da Repblica, mas os inmeros erros cometidos pelo socialista praticamente enterram esse sonho.

Ciro Gomes: Carta fora do baralho? (Foto: Divulgação)
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Gilberto Prazeres_247 – Incansável. Talvez esse seja o melhor adjetivo que pode ser atribuído ao ex-ministro Ciro Gomes (PSB), sobretudo quando o socialista insiste em se colocar como opção para a Presidência da República. Nesta sexta-feira (18), o ex-governador do Ceará se projeta, em entrevistas ao jornal Valor Econômico e ao portal Uol, como o ainda candidato “mais forte” e com “mais estrada” do seu partido. Um recado claro e bem direto ao governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, que tem despontado como alternativa para comandar, num futuro próximo, o País.

"Hoje o mais forte ainda sou eu. Mas ele tem potencial para superar tranquilamente. Por uma circunstância, não é falta de modéstia. É estrada. Estrada nacional", provocou Ciro Gomes. Todavia, nas mesmas duas entrevistas, o ex-ministro parece ter se esquecido de mencionar os erros que acabaram impedindo-o de chegar ao Palácio do Planalto. Uma série de equívocos considerados, nos bastidores, como primários.

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Em 2002, Ciro liderava todas as pesquisas de intenção de votos para a Presidência da República. Ele despontava como uma possibilidade real de renovação para a política brasileira. Um gestor com um governo bem sucedido no Ceará e com experiência de ministro da Fazenda do governo do falecido ex-presidente Itamar Franco. Uma equação quase que perfeita. Porém, a soma de vários episódios nos quais ficou claro que o socialista, que, na época estava no PPS, não é afeito a deixar passar certas provocações, mesmo que simplórias. Gomes foi inúmeras vezes taxado de grosseiro. Os mais eufêmicos classificariam como ácido.

A falta de identidade partidária também parece pesar contra Ciro Gomes. Ao encontrar dificuldades na legenda que milita, o ex-ministro parece não titubear em fazer as malas para outra agremiação. Ele já foi filiado ao extinto PDS, PMDB, PSDB, PPS e, no momento, figura nos quadros do PSB. Mas, até quando, ninguém pode precisar.

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Recentemente, o cantor cearense Raimundo Fagner disse, em entrevista a um blog pernambucano, que Ciro fez papel de “otário” no episódio da transferência de seu domicílio eleitoral de Fortaleza (CE) para a cidade de São Paulo (SP). Na ocasião, muito se comentou que Gomes fez a travessia motivado pelo então presidente Lula (PT), que o teria convencido a disputar o governo de São Paulo. Candidatura que não se materializou. Fagner chamou o petista de “cafajeste”.

E, por falar em Lula, Ciro virou seu ministro da Integração Nacional, no primeiro Governo do petista, defendeu ferrenhamente as diretrizes adotadas pelo ex-presidente e, hoje, é um crítico costumeiro do lulismo e do modelo de gestão do PT. O tempo passa, as coisas mudam e parece que Ciro também. Mas as mudanças, pelo visto, ficam restritas às opiniões. O temperamento e a língua continuam os mesmos.

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