Clubes não serão poupados de superimposto na França
O reformulado superimposto de 75% sobre salários acima de 1 milhão de euros na França vai se aplicar a todas as companhias, inclusive aos clubes de futebol, que, cogitava-se, podiam ficar de fora; presidente François Hollande apresentou na semana passada uma versão revisada do imposto a ser aplicado diretamente a empresas que pagam os salários mais altos
PARIS, 2 Abr (Reuters) - O reformulado superimposto de 75 por cento sobre salários acima de 1 milhão de euros na França vai se aplicar a todas as companhias, disse uma autoridade do gabinete do primeiro-ministro nesta terça-feira, rejeitando sugestões de que os times de futebol seriam poupados.
O presidente François Hollande apresentou na semana passada uma versão revisada do imposto a ser aplicado diretamente a empresas que pagam os salários mais altos, depois que a Corte Constitucional rejeitou o plano inicial de impor a cobrança aos indivíduos.
Noel le Graet, presidente da Federação de Futebol da França, disse na segunda-feira que os clubes de futebol que empregam jogadores com salário milionários estariam isentos do imposto porque a taxa só se aplicaria a negócios com mais de 5 mil funcionários.
"A nova medida vai abranger todas as companhias que pagam salários acima de 1 milhão de euros", disse a autoridade do governo, acrescentando que nenhuma empresa estaria isenta, não importa o tamanho.
O jornal de negócios Les Echos noticiou, citando fontes do Ministério das Finanças, que o imposto poderia arrecadar 500 milhões de euros por ano, o dobro da versão anterior, e se aplica a apenas 1 mil pessoas, ante as 1,5 mil anteriores.
Clube ricos como o Paris Saint-Germain podem estar aptos a manter o pagamento de salários altos a estrelas como Zlatan Ibrahimovic, mas muitos clubes menores que têm uma ou duas estrelas acima de 1 milhão de euros enfrentarão dificuldades com o imposto mais alto.
Le Graet declarou à mídia francesa que o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault disse a ele que o superimposto reformulado somente afetaria grandes companhias, excluíndo os clubes de futebol, geralmente classificados como pequenas e médias empresas.
No entanto, a autoridade disse que Le Graet e Ayrault não se falam desde dezembro, quando o governo ainda discutia como reeditar o imposto incial depois de ter sido rejeitado pela corte.
(Por Elizabeth Pineau)
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