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Cólicas, náusea, diarreia. O que acontece no corpo feminino durante a menstruação

As prostaglandinas, que ajudam o útero a expulsar o sangue menstrual, são responsáveis por dores e distúrbios digestivos durante as menstruações. Tais distúrbios têm o nome técnico de “dismenorreias primárias”. Como enfrentá-las?

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Por: Aurélie Franc - Le Figaro Santé

 

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Poucas mulheres desconhecem os espasmos, ou cólicas, sentidos nos primeiros dias das suas regras mensais. Mais da metade das mulheres os experimentaram, segundo um estudo canadense. E, muitas vezes, a essas dores é preciso acrescentar os distúrbios digestivos: vômitos (3%), náuseas (14%), diarreias (28%) e, nos casos mais severos, febre que pode ser alta.

“Tais distúrbios estão ligados às prostaglandinas, hormônios produzidos em grande quantidade no momento da menstruação”, explica o médico Teddy Linet, chefe do serviço de ginecologia obstétrica do Centro Hospitalar Loire Vendée Océan, na França. “As dismenorreias acontecem durante as regras e nada têm a ver com a síndrome pré-menstrual. Esta última surge antes das regras e acarreta um inchaço dos seios  e às vezes do baixo ventre, etc”.

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Dores e distúrbios digestivos

Secretados pelo endométrio (a camada superior da mucosa uterina), as prostaglandinas facilitam as contrações – elas são, por sinal, utilizadas para desencadear certos processos de parto. Graças a elas, o corpo expulsa o sangue. Às vezes o útero se contrai demasiadamente rápido, como se fosse um músculo. Tais contrações repetidas e com intervalos muito curtos bloqueiam o fornecimento de oxigênio a essas áreas, e é esta a origem dessas dores. Em algumas mulheres as dores se irradiam até as costas ou as coxas.

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Mas as prostaglandinas não se limitam à região do útero. Levadas pelo sangue, elas podem se localizar na área digestiva, acelerando o trabalho do intestino. A consequência disso são os problemas de trânsito intestinal, tais como as diarreias.

Suspeita de endometriose

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Tais desarranjos, quando se apresentam com fraca intensidade, são quase sempre benignos. Surgem geralmente desde as primeiras menstruações, e desaparecem passada a adolescência. Mas certas situações devem servir de sinal de alerta: as dores que se intensificam, as que aparecem na idade adulta (dismenorreias secundárias), as que duram muitos dias, as que não são aliviados por medicamentos, ou são acompanhados por outros sintomas (febre não-habitual, corrimentos vaginais, etc). Elas podem nesses casos ter uma causa subjacente, tal como a endometriose ou uma infecção uterina.

“Para tratar as dismenorreias, podemos começar colocando uma bolsa de água quente sobre o ventre. A sensação de calor ajudar a relaxar os músculos, diz Teddy Linet. Esse médico não aconselha o uso de Spasfon, “pouco eficaz”. Em revanche, os anti-inflamatórios não esteroides (desde que não haja contraindicação), tais como o ibuprofeno, vendidos sem necessidade de receita nas farmácias, são mais úteis. A pílula anticoncepcional pode igualmente ser utilizada, na medida em que ela provoca a diminuição do sangue expulso, e atenua as dores. Teddy Linet resume a questão: Finalmente, com a pílula, pedimos ao útero para que trabalhe menos”.

Nota da Redação:

Endometriose, o que é?:

Endometriose é uma condição na qual o endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero, cresce em outras regiões do corpo. Essa formação de tecido ectópico normalmente ocorre na região pélvica, fora do útero, nos ovários, no intestino, no reto, na bexiga e no peritônio, delicada membrana que reveste a pélvis. Entretanto, esse tecido também pode crescer em outras partes do corpo.

A endometriose é um problema comum. Às vezes, ela pode ocorrer em gerações seguidas de uma mesma família. Embora, normalmente, a endometriose seja diagnosticada entre 25 e 35 anos, a doença provavelmente começa já alguns meses após o início da primeira menstruação.

Endometriose x Infertilidade

A endometriose e a infertilidade estão associadas em 50% dos casos, ou seja, 50% das mulheres com endometriose têm infertilidade e 50% do casos de infertilidade feminina podem ter a endometriose como uma das principais causas.

O principal fator de infertilidade causado pela endometriose é o tubário, ou seja, as tubas uterinas ficam danificadas. Isso porque o processo inflamatório crônico da doença leva à formação de aderências do peritônio com outros órgãos pélvicos, o que pode resultar na obstrução das tubas uterinas e na redução da sua mobilidade. Isso dificulta ou até mesmo impede o transporte do óvulo e espermatozoides, e consequentemente a fecundação.

A presença de endometriomas (cistos de endometriose) nos ovários também pode comprometer a fertilidade. Outra hipótese em estudo é que a endometriose cause alterações inflamatórias e imunológicas no útero e endométrio que atrapalham a implantação do embrião.

 

 

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