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Com Silvio reassumindo presidência do PT, disputa interna se equilibra

Secretário da Casa Civil informou em entrevistas aos radialistas Magana Santana e Jason Neto, na Liberdade FM, que voltará à condição de presidente estadual do Partido dos Trabalhadores nos próximos dias para atuar como "magistrado" na disputa pela sua sucessão; concorrem ao pleito Ana Lúcia, Márcio Macêdo e Rogério Carvalho; Silvio defendeu o debate qualificado com vistas a não enfraquecer o PT para o pleito de 2014

Secretário da Casa Civil informou em entrevistas aos radialistas Magana Santana e Jason Neto, na Liberdade FM, que voltará à condição de presidente estadual do Partido dos Trabalhadores nos próximos dias para atuar como "magistrado" na disputa pela sua sucessão; concorrem ao pleito Ana Lúcia, Márcio Macêdo e Rogério Carvalho; Silvio defendeu o debate qualificado com vistas a não enfraquecer o PT para o pleito de 2014 (Foto: Valter Lima)

247 – A entrevista concedida nesta segunda-feira (19) pelo presidente licenciado do PT, Silvio Santos, atualmente secretário de Estado da Casa Civil, foi extremamente esclarecedora sobre os rumos que a eleição interna do partido irá tomar até novembro, quando os militantes irão às urnas. Equilibrado, Silvio soube avaliar cada polêmica colocada e sinalizou que está disposto a atuar como uma espécie de magistrado na condução do pleito, uma vez que informou que deverá reassumir a presidência do partido nos próximos dias.

Encerrada a interinidade do deputado federal Rogério Carvalho à frente do partido (como acordo pela sua desistência da candidatura a prefeito de Aracaju em 2012), ele, que também disputará o cargo de presidente da legenda, estará assim em igualdade na eleição na qual concorrerá com o deputado federal Márcio Macêdo e a deputada estadual Ana Lúcia Vieira. Caberá aos três candidatos ouvir os conselhos de Silvio: “não façamos do PED a última guerra mundial”, numa tentativa de evitar a autofagia e a disputa fratricida, pois isto só levará ao desarranjo do partido, que precisa chegar fortalecido ao pleito de 2014.

Para Silvio, ao avaliar os dois nomes da corrente majoritária da qual ele faz parte, “Construindo um Novo Brasil”, tanto Márcio quanto Rogério são quadros qualificados. “Que a gente consiga fazer um debate sem desqualificar o outro. O PT não ganha nada com Rogério vencendo e Márcio ficando destruído, como também não ganha nada com Márcio vencedor e Rogério destruído”, alertou. “Precisamos de unidade. Vamos erguer pontes e não muros”, frisou.

Com a visão em 2014, quando o PT não liderará mais a sucessão estadual, Silvio fez um comentário preciso: “Se estivermos fragilizados é óbvio que nós vamos ter menos possibilidades de ocupar o que nós pleiteamos. Nós precisamos de unidade”. A declaração dele vai ao ponto principal: se o PT estiver enfraquecido e dividido, por causa das eleições internas, como terá condições de pleitear espaços na chapa majoritária, que tende a ser encabeçada pelo governador em exercício Jackson Barreto (PMDB)?