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Comissão vai investigar patrimônio do Igeprev

Durante audiência pública sobre a situação do Igeprev, realizada nessa terça-feira, 23, o líder do governo, deputado Paulo Mourão (PT), o evento resultou na criação de um grupo de trabalho formado por parlamentares e representantes de servidores dos órgãos e poderes públicos para pesquisar a evolução patrimonial do instituto; "Nós não podemos deixar apenas na mão do governo cuidar do Igeprev, é preciso o servidor público também estar dentro do Igeprev, ocupando uma diretoria, indicada pelos servidores, para cuidar melhor do patrimônio dos servidores", afirmou; servidores exigiram a responsabilização penal dos responsáveis pelo rombo que pode ultrapassar a casa de R$ 1 bilhão

Durante audiência pública sobre a situação do Igeprev, realizada nessa terça-feira, 23, o líder do governo, deputado Paulo Mourão (PT), o evento resultou na criação de um grupo de trabalho formado por parlamentares e representantes de servidores dos órgãos e poderes públicos para pesquisar a evolução patrimonial do instituto; "Nós não podemos deixar apenas na mão do governo cuidar do Igeprev, é preciso o servidor público também estar dentro do Igeprev, ocupando uma diretoria, indicada pelos servidores, para cuidar melhor do patrimônio dos servidores", afirmou; servidores exigiram a responsabilização penal dos responsáveis pelo rombo que pode ultrapassar a casa de R$ 1 bilhão (Foto: Aquiles Lins)
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Tocantins 247 - As dificuldades financeiras do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins, Igeprev, foram tema de audiência pública realizada nesta terça-feira, dia 23, no auditório da Assembleia Legislativa. Sugerida pelo líder do governo, deputado Paulo Mourão (PT), o evento resultou na criação de um grupo de trabalho formado por parlamentares e representantes de servidores dos órgãos e poderes públicos para pesquisar a evolução patrimonial do instituto.

O deputado Paulo Mourão defendeu que o órgão seja gerido não só pelo governo, mas também que servidores efetivos passem a ocupar cargos da diretoria. "Nós não podemos deixar apenas na mão do governo cuidar do Igeprev, é preciso o servidor público também estar dentro do Igeprev, ocupando uma diretoria, indicada pelos servidores, para cuidar melhor do patrimônio dos servidores", avaliou.

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Paulo Mourão propôs a criação de uma comissão formada por servidores para ser sugerida ao governo, a fim de que se possa discutir qual será a saída a ser tomada para solucionar o problema do rombo no Igeprev, que se encontra com um passivo de cerca de R$ 17 bilhões e um ativo de pouco mais de R$ 3 bilhões. "Onde vamos parar com este déficit crescente de forma alucinante e as receitas minguadas?", indagou o deputado deixando claro que não propôs a audiência pública para apontar culpados, mas para buscar soluções. "Estou aqui para o debate, queremos realmente encontrar soluções, mas as instituições estão aí para encontrar os culpados para fazer a devolução dos recursos, acredito no Ministério Público estadual, acredito no Tribunal de Contas do Estado, acredito na justiça, e faremos pressão para que isso tenha celeridade", destacou.

O presidente da sessão, deputado Ricardo Ayres (PSB), afirmou que a criação da comissão é fundamental para garantir o futuro dos servidores do estado, que precisarão da previdência para ter uma vida futura tranquila. "Devemos cumprir a nossa obrigação como deputado e garantir o futuro dos nossos servidores", disse. Segundo Ayres, o próximo passo é convocar a todos os membros desta comissão, que contará com a presença de dirigentes sindicais e parlamentares, reunir as informações sobre a tramitação dos processos nos órgãos competentes, que dizem respeito às aplicações realizadas, estudar e fazer um acompanhamento. "Faremos um estudo e um acompanhamento criterioso de tudo o que aconteceu, para que nada possa se repetir e para garantir que esse recurso volte aos cofres do nosso Estado e do Igeprev", finalizou Ayres.

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Pau Mourão apresentou dados do Ministério da Previdência Social que apontam que já a partir de 2016, o Igeprev terá dificuldades em pagar as aposentadorias e pensões dos servidores. "Em 2016 o déficit do Igeprev será de R$ 15 milhões, em 2021 o déficit estará em R$ 226 milhões", informou. O Deputado se mostrou muito preocupado com o desequilíbrio financeiro e atuarial. "Tudo isso nos preocupa, as despesas estarão maior que receitas", reforçou.

Paulo Mourão acredita que uma solução terá que ser tomada, uma delas deverá ser o aumento da contribuição patronal, mas alertou os servidores de que eles também serão chamados para contribuir mais. "Tenho certeza que o Estado dirá que sozinho não dará conta e vocês serão chamados para pagar a conta, podem ir se preparando para o debate neste sentindo, estou prevenindo vocês", alertou os servidores.

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A audiência pública contou com a presença do assessor jurídico do Igeprev, Edivaldo Gomes da Silva Sousa; presidente do Conselho de Administração do Igeprev, Edson Cabral; representante do Tribunal de Contas, conselheiro José Ribeiro da Conceição; representante dos servidores remanescentes de Goiás da área da saúde, Ivanilde Brito Mascarenhas; deputado Ricardo Ayres, que presidiu a audiência pública; e o presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro, os quais compuseram a mesa, além de presidentes de sindicatos e associações de servidores públicos.

Sisepe defende comissão

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Cleiton Pinheiro apoiou a proposta de Mourão de criação da comissão, bem como que o Igeprev seja gerido também por servidores efetivos. "Se o dinheiro é nosso, o instituto é nosso então nós é que temos que administrar com autonomia e digo mais, nós devemos ser eleitos e não nomeados, para evitar o que está acontecendo na Defensoria Pública, que está deixando de repassar os recursos para o Igeprev", ponderou. Cleiton aproveitou o momento para entregar ao Deputado cópias de vários documentos, entre eles dois relatórios do Ministério da Previdência, referentes ao período de 2009 a 2014, referente à auditoria específica de investimentos do Igeprev, além de ofícios enviados a entidades solicitado aos órgãos competentes apuração das irregularidades do Igeprev, bem como CD´s com as cópias dos processos do Igeprev que tramitam no Tribunal de Contas do Estado, mas que segundo o sindicalista estão parados. "O TCE não dá andamento nos processos" denunciou. Entre os processos nesta situação estão os de número 10398/2012, 12217/2012 e 1356/2012.

Paulo Mourão recomendou aos presidentes dos sindicatos dos servidores que entrem na justiça para reaver os recursos que foram investidos em fundos sem rentabilidade. "Independente da postura que o Tribunal de Contas vai tomar, sei que será uma postura retilínea, sem perseguição a quem quer que seja, independente do Ministério Público tomar qualquer posicionamento de denunciar alguém, os presidentes dos sindicatos deveriam fazer uma ação popular pedindo o resgate do R$ 1,2 bilhão do prejuízo desenquadrado", sugeriu. "Lamentavelmente o Igeprev é solidário em ações trabalhistas do Porcão e o Igeprev é solidário na massa falida do Porcão, é verdade", afirmou. Paulo Mourão cobrou que o governo também entre com ações neste sentido. "A Procuradoria Geral do Estado tem que dar resposta com as ações para os sindicatos e para a sociedade", declarou.

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Propostas

Ao final da audiência pública, Paulo Mourão apresentou algumas alternativas de propostas que podem ser apresentadas ao Governo, como dotação orçamentária suplementar para aumentar a receita do Igeprev; aumento da alíquota de contribuição, tanto patronal quanto dos servidores, "os servidores vão aceitar? O governo vai aceitar? não sei"; transferência de recursos do patrimônio do Estado ao fundo previdenciário; destinação de terras devolutas do Estado para o patrimônio do Igeprev, a fim de arrendar para o projeto Matopiba para o plantio de soja, algodão e milho "em vez de vender terras públicas para apaniguados", trazendo receita para o Igeprev, "não sei se isso é possível", pontuou; a quarta proposta é a adoção de uma ação compartilhada "o governo precisa estar na gestão do Igeprev, não pode é estar só tem que ter o governo e a classe trabalhadora", avaliou. Por fim, Paulo Mourão considerou que o Igeprev precisa se ancorar em especialistas nas áreas de aplicação de fundos de investimentos, considerando o quanto é perigoso o mercado financeiro.

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Fórum Permanente

Ficou decidido ao final da audiência pública que será criado um fórum permanente para ampliar o debate sobre as soluções a serem tomadas para resolver o problema do rombo do Igeprev.

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