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      Como rechear a carteira antes de viajar ao exterior

      Compra antecipada de dlar, euro e outras moedas, em espcie ou dinheiro de plstico, protege do risco cambial

      Como rechear a carteira antes de viajar ao exterior (Foto: Shutterstock)
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      Luciane Macedo _247 - Já está virando quase uma rotina. Os brasileiros bateram, só nos dois primeiros meses do ano, período de férias e Carnaval, mais um recorde de gastos no exterior: US$ 3,742 bilhões. Quem ficou por aqui, mas está programando uma viagem ao exterior para julho ou para o final do ano, é bom ficar de olho na cotação do dólar -- e das outras moedas, se for o caso -- para se proteger do risco cambial e fazer uma compra gradual de moeda estrangeira. Desde o início de 2012 e até 23 de março, o preço do dólar para o turista atingiu o pico a R$ 1,95. A menor cotação do dólar turismo venda foi de R$ 1,76.

      "O planejamento, com a compra de moeda ao longo de seis meses, um ano ou mais, é sempre bom para evitar o risco cambial em qualquer moeda, para qualquer destino de viagem", orienta Felipe Pellegrini, gerente de operações do Banco Confidence. "Do mesmo jeito que o turista vai juntando dinheiro para fazer a viagem, também deve ir comprando a moeda estrangeira aos poucos, e não tudo de uma vez, porque isso será dinheiro parado e pode sair mais caro", enfatiza. "Comprar aos poucos vai diluir o risco cambial, assim o turista tem mais chances de conseguir um bom preço médio pela moeda, mesmo diante das oscilações do câmbio".

      O euro deve merecer ainda mais atenção do viajante. "O turista consegue comprar mais com euro do que com dólar, mas o euro é uma moeda mais arisca, porque ela oscila contra o dólar e o dólar oscila contra o real", explica Pellegrini. "Então, com uma pequena oscilação, o turista já vai sentir uma diferença importante, é ainda mais prudente para quem vai precisar de euro, que faça uma compra gradual".

      O gerente de operações do Confidence atenta, ainda, para outro detalhe importante sobre o euro: "A crise pode fazer o euro baixar perante o dólar, mas, no Brasil, se o dólar sobe, o cliente final não vai sentir a queda no preço do euro. Foi o que aconteceu agora, neste mês de março, o dólar subiu bastante, mesmo com toda a intervenção do governo, então o euro ficou mais caro para o turista brasileiro. O viajante tem que tomar cuidado".

      Quanto ao dólar, segundo Pellegrini, comprar a moeda americana entre R$ 1,75 e R$ 1,85 nos próximos meses pode ser considerado um bom patamar de preço. "O Banco Central quer o dólar a R$ 1,80 ou acima, foi o que entendemos nas entrelinhas", diz o gerente do Confidence. "Mas não seria espanto nenhum se, mesmo com todo o esforço do governo, a cotação do dólar comercial recuasse um pouco, porque o Brasil ainda está recebendo muito investimento estrangeiro", acrescentou Pellegrini. "O turista pode ficar de olho nesta cotação, que é referência no mercado, mas pode jogar uma variação entre 5% e 7%, e terá uma ideia do preço do dólar turismo".

      A orientação de compra espaçada de moeda vale para o dinheiro em espécie e também para o dinheiro de plástico. O cartão pré-pago de viagem deve ser carregado com moeda estrangeira gradualmente, e não de uma vez só, às vésperas da viagem. "A maioria dos turistas tem optado pelo cartão pelas vantagens, e não é preciso usá-lo sempre no débito, dá para sacar dinheiro com ele", comenta Pellegrini. "O pré-pago é seguro e não chama a atenção".

      Para se resguardar contra uma eventualidade, como um caixa eletrônico quebrado, é recomendável que o turista leve, consigo, alguma quantia em espécie. O ideal é ter algum dinheiro no bolso justamente para evitar o uso do cartão de crédito, tanto para compras, como para saques, já que as taxas e tributos são muito mais altos que no débito.

      Sem falar no risco cambial embutido em qualquer compra com cartão de crédito, o que sempre pega os novatos de surpresa quando chegam as faturas do cartão nos próximos dois meses depois do fim da viagem. O turista pensa que está fazendo uma boa compra com a cotação do dólar ou euro do dia. Mas, quando recebe a fatura do cartão de crédito, surpresa, encontra outro valor -- que pode até ser menor, se o dólar comercial baixar entre a data da compra e o fechamento da fatura. Ainda que isto até aconteça eventualmente, só o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) que incide sobre as compras com cartão de crédito no exterior já deveria ser suficiente para encorajar o uso da alternativa mais barata, o pré-pago (veja no gráfico).

      "O dinheiro de plástico, aquele que o turista carrega no cartão pré-pago, também é mais barato que o dinheiro em espécie, porque não há custos com segurança e transporte", lembra Pellegrini. "Isto permite que haja várias promoções sazonais, com o dólar custando um pouco menos para levar no pré-pago". A Confidence Câmbio oferece pré-pagos em cinco moedas, para os destinos mais procurados pelos brasileiros, inclusive em peso argentino. Já em espécie, são mais de 20 moedas disponíveis.

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