Comurg: Luciano de Castro inicia blindagem de Iris
Presidente da companhia afirma que ex-prefeito não sabia da existência dos supersalários na empresa, onde alguns servidores chegavam a ganhar R$ 80 mil por mês; Luciano de Castro, que comandou a Comurg por dois anos na gestão de Iris, tinha conhecimento dos salários altos, mas diz que pagamento era legal devido ao acordo coletivo; escândalo já preocupa QG do peemedebista, potencial candidato ao governo do Estado; MP pediu a saída imediata de Luciano do comando companhia; ele é acusado de fraudar licitações
Goiás247- As irregularidades da Comurg continuam rendendo. A companhia da prefeitura de Goiânia responsável pela limpeza urbana está inundada de denúncias e o atual presidente Luciano de Castro tenta contemporizar a crise.
Em entrevista ao Diário da Manhã desta sexta-feira, Luciano afirma que o ex-prefeito Iris Rezende (PMDB) não sabia da existência dos supersalários na Comurg. Conforme denunciado pelo vereador Elias Vaz (PSB), no ano passado0, alguns servidores ganhavam R$ 80 mil.
“Por ser uma empresa de economia mista, ele não tinha conhecimento e acesso a estes detalhes”, disse Luciano ao jornalista Welliton Carlos ao ser questionado se Iris sabia dos salários astronômicos.
Se Iris Rezende não sabia, segundo Luciano, o próprio tinha conhecimento dos supersalários, mas alega que não podia fazer nada. “Sempre chamou a atenção. Mas há entendimento de juristas de que esse critério não se aplica em empresas de economia mista”. Luciano aqui se refere ao teto constitucional onde nenhum agente público pode receber salário maior que o dos ministros do STF.
Luciano de Castro afirma ao DM que todo supersalário era baseado em acordo coletivo. “Registrado na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), onde avaliam a legitimidade do acordo coletivo”. O Ministério Público recomendou a devolução dos valores salariais e Luciano diz que assinou portaria obrigando os servidores a devolverem o dinheiro recebido irregularmente.
O prefeito Paulo Garcia (PT) só veio a público repudiar os supersalários quando o escândalo veio à tona com a denúncia de Elias Vaz. “A forma com que ele soube, sinceramente, não sei... Mas sei que quando tomou conhecimento chamou a gente para que realizássemos o corte no teto”, alega Luciano.
Os supersalários e os escândalos na Comurg preocupam os aliados de Iris Rezende, que é potencial candidato ao governo do Estado. Muitas das irregularidades aconteceram na companhia quando Iris era o prefeito de Goiânia, entre 2004 e 2010. Quatro ex-presidentes da Comurg, incluindo Luciano de Castro, já foram acionados por improbidade administrativa. Luciano de Castro é acusado de fraudar licitações entre 2009 e 2011 e o MP pediu sua saída imediata da direção da Comurg.
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