Conheça a história por trás dos jogos de roleta
Presente há séculos na cultura popular, a roleta é um dos jogos favoritos de diversos apostadores do mundo todo.
Com o assunto de apostas em alta, sem dúvidas, a roleta é uma das atrações mais emblemáticas dos cassinos. A mesa, com seus números e chances, as fichas coloridas, o croupier, com toda sua arte e a bola que cai com suspense em uma das casas, formam um dos rituais que mais fascina os jogadores.
A palavra “roleta” deriva de um termo francês que significa “pequena roda”. Inúmeras versões da roleta apareceram na Europa durante os séculos 17 e 18. Conta a história, que o renomado cientista francês, Blaise Pascal, inventou o mecanismo em 1657, enquanto fazia experiências com equipamentos para medir o movimento perpétuo. Ao mesmo tempo, Pascal também foi pioneiro no campo matemático da “probabilidade”, algo bastante relacionado com os jogos de cassino.
O certo é que o primeiro relato que se tem sobre algum divertimento utilizando um conjunto, com uma bola girando sobre a extremidade de uma roda horizontal dando voltas, é de um jogo que se chamava “roly-poly”, em 1720. Infelizmente, esse precedente não teve sorte e o jogo foi proibido pelo governo da época. Entretanto, foi o inovador Beau Nash, Mestre de Cerimônias em Bath, Inglaterra, quem aprimorou estas leis e introduziu o jogo “E.O.”, que significava “even / odd” (ou par e ímpar, em português e espanhol), uma versão simplificada do jogo que também foi proibido em 1745.
Desde então, a roleta e as suas regras evoluíram, conduzindo ao surgimento de diferentes variações: roleta americana e roleta francesa. Enquanto que a versão francesa, que contava apenas com uma casa “zero”, evoluiu na Riviera, a versão americana, que contava, também, com uma casa “zero” e sistema de apostas simplificado, se desenvolveu no estado do Mississipi, em salões de jogos e cassinos antigos.
No virar do século XX, essas duas variações se tornaram sinônimo dos ambientes que as alimentaram, enquanto a versão francesa despertava sentimentos de estilo e sofisticação (facilmente associados a Monte Carlo), a versão americana se tornou sinônimo de dinheiro fácil, com seu sistema de aposta extremamente simples e “democrático”. São essas duas versões que mais encontramos hoje em dia, com os Estados Unidos, Canadá, América do Sul e Caribe preferindo a versão americana, já a Europa e o restante do mundo preferem a versão francesa.
● A Roleta na Cultura Popular
Tanta história por trás desse jogo tão popular, não pode apenas ficar restrita aos livros de história. Personalidades conhecidas na literatura e no cinema, eram totalmente apaixonadas pelo jogo de roleta, como os autores russos Leo Tolstoy e Fyodor Dostoevsky. Esse último precisou se apressar com a realização de sua obra “The Gambler”, lançada em 1866, para pagar suas próprias dívidas de cassino. A história envolve dívida com os outros e apresenta inúmeras cenas de cassino em uma mesa de roleta.
No cinema, o diretor americano Alfred Hitchcock dirigiu o filme “To Catch a Thief”, lançado em 1955 e contando com participações de estrelas como Cory Grant e Grace Kelly. O filme inteiro é fixado em vilas e cassinos da Riviera Francesa. Em uma cena muito famosa, o personagem John Robie (Grant) deixa cair uma ficha cara embaixo do decote de uma jogadora de roleta.
