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Conheça os robôs que estão tirando os investimentos dos grandes bancos

"Os grandes bancos estão acompanhando de perto uma nova forma de investir que ameaçam roubar boa parte da sua base de clientes; são os robos-advisors; investir por meio dessas ferramentas geralmente custa menos e rende mais do que muitos dos produtos financeiros dos bancos tradicionais, e ainda por cima dispensam conhecimento de finanças", relata Mariana Rodrigues, colaboradora regular da Let's Talk Payments, focada no mercado de fintechs no Brasil; "No mundo, essas empresas já receberam aportes de capital no valor de US$ 1,32 bilhões desde 2012, segundo o relatório 'A Wealth Tech World'"

Aprenda a atrair dinheiro (Foto: Leonardo Lucena)
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Por Mariana Rodrigues*, no StartSe - Os grandes bancos estão acompanhando de perto uma nova forma de investir que ameaçam roubar boa parte da sua base de clientes. São os robos-advisors. Investir por meio dessas ferramentas geralmente custa menos e rende mais do que muitos dos produtos financeiros dos bancos tradicionais, e ainda por cima dispensam conhecimento de finanças.

No mundo, essas empresas já receberam aportes de capital no valor de US$ 1,32 bilhões desde 2012, segundo o relatório “A Wealth Tech World”. Veja como vai o segmento de robo-advisor no Brasil.

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O que é um robo-advisor

O robo-advisor é uma forma automatizada de consultoria em investimentos para pessoa física. O cliente preenche um formulário para que o robô identifique o seu perfil de investidor e os seus objetivos financeiros. Em seguida, a pessoa transfere o dinheiro para uma corretora parceira, e o algoritmo procura, entre centenas ou milhares de produtos financeiros, quais são os mais adequados para aquele cliente. Escolhida a carteira, o robô dá a ordem para a corretora comprar os ativos.

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O robo-advisor não fica com a custódia dos ativos, mas sim a corretora. Se qualquer uma das fintechs for à falência, ninguém perde os investimentos, que ficam no nome do cliente.

Quais são as fintechs de robô-advisor no Brasil

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Vérios – Tem um patrimônio sob administração de R$ 100 milhões, com crescimento médio mensal do número de clientes em 29% ao mês nos últimos 12 meses.

Custo: 0,95% ao ano, incluindo todas as taxas.

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Investimento mínimo: R$ 12 mil.

Aporte recebido de terceiros: R$ 4 milhões, em uma rodada de investimento-anjo e outra de seed. Os investidores são individuais e não tiveram os nomes divulgados.

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Magnetis – Não divulga o número de clientes ou patrimônio. Seu CEO, Luciano Tavares, foi vice-presidente da Merrill Lynch no Brasil.

Custo: custo médio de 0,76% ao ano, incluindo taxas.  

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Investimento mínimo: R$ 10 mil.

Aporte recebido de terceiros: R$ 3 milhões dos fundos Monashees Capital, Redpoint e.ventures, 500Startups, NH Investimentos e do investidor Guilherme Horn.

Warren – Lançada em janeiro deste ano, já tem 7 mil clientes.

Custo:  0,8% ao ano, inclusas as taxas.

Investimento mínimo:  R$ 100.

Monetus – Lançada em agosto de 2016.

Custo: 0,45% ao ano.

Investimento mínimo: R$ 100.

Aporte recebido de terceiros: R$ 80 mil pelo programa de aceleração SEED. Um aporte de investimento-anjo de Wilson Brumer, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas Gerais, estado de origem dos fundadores, de valor não informado.

Alkanza – lançada no Brasil esse ano pela corretora Rico.

Custo: Taxa de administração de 0,5% ao ano mais custos das operações.

Investimento mínimo: R$ 5 mil.

Vantagens em relação aos bancos  

Enquanto em um banco a taxa de administração de um fundo pode chegar a 4%, com qualquer uma das fintechs o custo fica abaixo de 1%. Outro fator de vantagem para as fintechs é que elas não têm conflito de interesse com o cliente, como no caso das instituições financeiras. “Assessores de corretoras e gerentes de banco ganham comissão sobre os produtos que indicam, então um cliente pode receber um produto que é muito melhor para quem está indicando do que para ele próprio”, como explicou o CEO da Warren, Tito Gusmão.

Vale reforçar que, embora o robô automatize a escolha dos investimentos, o seu sucesso depende das pessoas que constroem o algoritmo. “Apesar dos investimentos via robo-advisor serem automatizados, a estratégia por trás dos algoritmos é necessariamente humana”, explica Luciano Tavares, da Magnetis.

O tamanho do mercado

Os robos-advisors brasileiros estão de olho nas pessoas que guardam o dinheiro em aplicações que rendem pouco ou que têm custo alto. Hoje, os brasileiros guardam, juntos, mais de R$ 600 bilhões na poupança, sendo que existem aplicações do Tesouro Direto e também títulos privados com rendimento líquido maior e segurança similar. Ainda, há títulos privados fora dos grandes bancos com rentabilidade mais alta.

Para Felipe Sotto-Maior, CEO da Vérios, há muito espaço no mercado para os robôs crescerem: “Hoje os clientes dos segmentos que os bancos classificam como Varejo Tradicional e Varejo de Alta Renda possuem, juntos, cerca de R$ 1,5 trilhão em produtos de baixa rentabilidade”.

A Magnetis também tem planos para tirar clientes dos bancos. “Nossa meta é administrar R$ 1 bilhão em investimentos até 2019”, diz o CEO da fintech, Luciano Tavares.

*Mariana Rodrigues é colaboradora regular da Let's Talk Payments, focada no mercado de fintechs no Brasil

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