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      Contra Afif, secretário se licencia até Alckmin voltar

      Secretário de Energia do governo de São Paulo, José Aníbal (PSDB) pediu licença do cargo até quinta-feira, quando o governador Geraldo Alckmin volta de viagem à Europa; Aníbal diz considerar "imoral" a interinidade de Guilherme Afif Domingos (PSD), que teve de pedir exoneração do posto de ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa para assumir o governo de SP; "Que autoridade vou reconhecer nele como governador de São Paulo, sendo ministro do governo Dilma? Não reconheço!", diz o tucano

      Contra Afif, secretário se licencia até Alckmin voltar
      Rodolfo Borges avatar
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      SP247 - Se o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), não vê problema em acumular o cargo estadual com o posto de ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, ao menos um secretário do governo Geraldo Alckmin se recusa a responder a Afif, que dirige o governo paulista até quinta-feira. O ministro/vice-governador teve de pedir exoneração do governo federal para assumir o Palácio dos Bandeirantes até a volta de Alckmin, que foi à Europa.

      Aníbal explicou os motivos da sua decisão ao Blog do Josias. Leia: 

      José Anibal: 'Não reconheço autoridade de Afif'

      Josias de Souza

      Secretário de Energia do governo de São Paulo, o tucano José Aníbal pediu licença do cargo até quinta-feira. Em entrevista ao blog, ele disse que fez isso porque considera "imoral" a interinidade de Guilherme Afif Domingos (PSD). "Que autoridade vou reconheceu nele como governador de São Paulo, sendo ministro do governo Dilma? Não reconheço!" Vai abaixo a entrevista:

      — Por que pediu licença do cargo de secretário de Energia de São Paulo?
      Pedi licença por achar que esse cidadão perdeu uma grande oportunidade de contribuir para a evolução dos usos e costumes da política. A questão não é jurídica. É um problema político. Acho essa interinidade dele imoral.

      — Guilherme Afif diz que a lei o ampara. Em artigo, o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes, endossou esse ponto de vista. Os argumentos não o sensibilizam?
      Insisto: essa não é uma questão jurídica. Por mais que o Aloysio seja contundente na defesa da posição do Afif, isso não me impede de constatar que estamos diante de uma imoralidade. Não estou falando em cassação. Estou dizendo que o gesto do Afif é imoral. Acho que ele está rindo de nós.

      — Acha que, ao assumir o ministério oferecido por Dilma Rousseff, ele deveria ter renunciado ao mandato de vice-governador?
      Não. Acho que ele poderia até manter o mandato. Mas deveria ter a compostura de deixar muito claramente o seguinte: 'enquanto durar minha permanência no ministério, eu me sinto impedido de assumir o governo de São Paulo'.

      — Eleito vice pelo DEM, na chapa de um governador do PSDB, Guilherme Afif mudou-se para o PSD. Depois, assumiu um ministério na gestão petista. Agora, é interino de um governador tucano. Esse vaivém sinaliza o quê?
      Isso tudo sinaliza para o eleitorado que, para alguns, vale tudo na política. Sinaliza que os políticos só se preocupam com eles mesmos, que estão pouco se lixando para o eleitor. Pior do que isso: é como se estivéssemos, cinicamente, desdenhando do eleitor. Eu não poderia me omitir numa situação como essa.

      — Acha que não conseguiria despachar com o governador interino?
      Imagina! Que autoridade vou reconheceu nele como governador de São Paulo, sendo ministro do governo Dilma? Não reconheço!

      — Retornará ao cargo na quinta-feira, com a volta de Geraldo Alckmin de Paris?
      Sim, volto na quinta-feira.

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