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"Contrariedade de Valadares é exagerada"

Quem diz isto é o jornalista Gilvan Manoel, na edição desta terça-feira (7) do Jornal do Dia; para ele, o ato do senador Antonio Carlos Valadares (PSB) em função da exoneração de Luciano Pimentel da superintendência estadual da Caixa Econômica Federal, "soa mais como justificativa para os passos políticos que ele pretende adotar nos próximos dias"; segundo o jornalista, Luciano Pimentel havia, de fato, transformado a superintendência estadual da Caixa num comitê eleitoral, como denunciou o deputado estadual João Daniel (PT), acusado por Valadares por ter sido quem pediu a exoneração do ex-superintendente do banco

Quem diz isto é o jornalista Gilvan Manoel, na edição desta terça-feira (7) do Jornal do Dia; para ele, o ato do senador Antonio Carlos Valadares (PSB) em função da exoneração de Luciano Pimentel da superintendência estadual da Caixa Econômica Federal, "soa mais como justificativa para os passos políticos que ele pretende adotar nos próximos dias"; segundo o jornalista, Luciano Pimentel havia, de fato, transformado a superintendência estadual da Caixa num comitê eleitoral, como denunciou o deputado estadual João Daniel (PT), acusado por Valadares por ter sido quem pediu a exoneração do ex-superintendente do banco (Foto: Valter Lima)
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Sergipe 247 - "A contrariedade demonstrada publicamente pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB) em função da exoneração do economista Luciano Pimentel da superintendência estadual da Caixa Econômica Federal, é muita exagerada e soa mais como justificativa para os passos políticos que ele pretende adotar nos próximos dias". Quem faz esta afirmação é o jornalista Gilvan Manoel, na edição desta terça-feira (7) do Jornal do Dia. segundo ele, Luciano Pimentel havia, de fato, transformado a superintendência estadual da Caixa num comitê eleitoral. O jornalista faz ainda o seguinte questionamento: "O senador Valadares estaria tentando excluir o PT da aliança com Jackson para atrair o apoio do DEM do prefeito de Aracaju, João Alves Filho, ou estaria preparando a sua própria candidatura a governador?".

Confira o texto na íntegra: 

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Exageros do senador

A contrariedade demonstrada publicamente pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB) em função da exoneração do economista Luciano Pimentel da superintendência estadual da Caixa Econômica Federal, é muita exagerada e soa mais como justificativa para os passos políticos que ele pretende adotar nos próximos dias. Desde quando o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, anunciou a sua candidatura a presidente da República, rompendo a aliança com o PT e a presidente Dilma Rousseff, o senador sergipano ficou em situação desconfortável dentro do partido.

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Valadares foi voto vencido na reunião da executiva nacional do PSB em que foi definida a candidatura de Campos e o rompimento com o PT, mas ele continuou com a sua postura em defesa do governo e se recusou a entregar os cargos que ocupava nos governos federal e estadual, ao contrário do que ocorreu em outros Estados. O senador vinha sendo pressionado a assumir mais claramente a campanha de Campos e isso passaria por sua candidatura ao governo do Estado nas eleições deste ano, rompendo a aliança estadual criada a partir de 1994, da qual o ex-governador Marcelo Déda se transformou em principal avalista.

Luciano Pimentel havia, de fato, transformado a superintendência estadual da Caixa num comitê eleitoral. A sua agenda diária era extremamente política e o senador sabe muito bem disso, apesar de dizer que nunca Pimentel havia se manifestado claramente a respeito da candidatura a deputado estadual. O superintendente era um "arroz de festa" - o social faz parte do cargo, mas nunca foi tão praticado por ele quanto no ano passado - e usava claramente a sua função para obter dividendos políticos.

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Festejado pelas empreiteiras, Luciano Pimentel também adotou política agressiva para tentar tomar contas de prefeituras municipais que mantinham negócios no Banese, o banco estadual tão defendido pela população. Foi ele, por exemplo, quem fez acertos com o secretário de Finanças da PMA, Nilson Lima, para tentar receber a folha da prefeitura de Aracaju, que chegou a marcar leilão para a sua definição. A realização do leilão foi proibida pela justiça, mas há recursos em andamento.

O deputado João Daniel, acusado tanto por Valadares quanto por Luciano, de ser o responsável pela mudança no comando da Caixa no Estado, mantém todas as acusações feitas no início de dezembro no plenário da Assembleia Legislativa. Ele denunciou o uso eleitoreiro do Programa Nacional de Habitação Rural, projeto do governo federal destinado à construção de casas populares em áreas rurais e que é coordenado justamente pela Caixa.

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Como ressaltou Gilson Sousa na coluna do último domingo, João Daniel frisou que "o caso é muito grave. O Programa Nacional de Habitação Rural é um grande programa que ajuda a fortalecer a sociedade e não pode ser desmoralizado por quem utiliza o cargo para benefícios eleitoreiros, prejudicando a população. É preciso denunciar essa vergonha que é cometida pelo atual superintendente da Caixa em Sergipe, Luciano Pimentel", insistiu João.

Luciano Pimentel, como bem admitiu o senador Valadares, tem 32 anos de serviços na Caixa e já estava há quase seis na superintendência estadual, o que é considerado 'fora de ordem' na instituição, onde os superintendentes não costumam passar mais de três anos num mesmo Estado. O novo superintendente Anacleto Grosbelli, que assumiu ontem, era superintendente da CEF no Acre desde março de 2012, ou seja, trocou de Estado antes do próprio prazo estabelecido pela direção nacional da Caixa.

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A indignação demonstrada pelo senador parece mais um gesto de defesa e afirmação junto à direção nacional do PSB. Além de um alerta ao governador Jackson Barreto (PMDB), que até agora tinha Valadares como seu principal aliado político. Ao defender Luciano Pimentel, Valadares atacou não só o deputado estadual João Daniel, mas também o deputado federal Rogério Carvalho, que é o novo presidente estadual do PT, que teria atuado em Brasília para a mudança na Caixa.

O senador Valadares estaria tentando excluir o PT da aliança com Jackson para atrair o apoio do DEM do prefeito de Aracaju, João Alves Filho, ou estaria preparando a sua própria candidatura a governador? Ex-governador e senador em terceiro mandato, Valadares não costuma se importar com coisas tão pequenas quanto uma direção de banco. O ataque de agora tem objetivos planejados e que só ficarão mais claros no final do semestre, quando serão realizadas as convenções partidárias que definirão candidatos e alianças.

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