Contratos do metrô de BH são alvo da Justiça mineira
O Ministério Público de Minas está investigando o setor de contratos da superintendência mineira da CBTU por suspeitas de corrupção e enriquecimento ilícito; contratos de concessão e imóveis que renderiam receitas suficientes para serem aplicadas nas obras do metrô de Belo Horizonte não estariam gerando a verba necessária para tocar a obra; mais de 200 contratos e pelo menos 28 funcionários da companhia estão na mira do Judiciário mineiro
Minas 247 – O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) está investigando o setor de contratos da superintendência mineira da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) por suspeitas de corrupção e enriquecimento ilícito. Contratos de concessão e imóveis que renderiam receitas suficientes para serem aplicadas nas obras do metrô de Belo Horizonte não estariam gerando os recursos necessários para tocar a obra. Mais de 200 contratos estão na mira da Justiça mineira e, pelo menos, 28 funcionários da CBTU estão sendo investigados pela Polícia Civil, dos quais 15 já foram prestaram depoimentos.
Curiosamente, o acordo entre o governo federal e a Metrominas – formada pelo consórcio entre o governo estadual e prefeituras de Belo Horizonte de Contagem – prevê um investimento de R$ 1,75 bilhão para a ampliação da Linha 1 (Vilarinho/Eldorado) mais a construção das linhas 2 e 3. No entanto, a Metrominas informou que somente R$ 14 milhões foram pagos, o que representa menos de 1% da verba.
Pelo menos 12 empreendimentos nas estações Linha 1 estariam pagando mensalmente valores abaixo do mercado e outro oito terrenos na mesma situação. Detalhe: tudo feito sem processo licitatório. Segundo informações do jornal Estado de Minas, ao longo dos 28,2 quilômetros da única linha de metrô da capital mineira existem 18 terrenos que pertencem à Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU). A companhia recebe regularmente aluguel de particulares.
Desse total de terrenos, oito mais algumas áreas extensas rendem valores que somam R$ 7.514,29, uma média de R$ 939,28 por imóvel. Há denúncias de que funcionários do setor de contratos da CBTU teriam diminuído os valores oficiais a fim de receber uma parcela indevidamente, o que lesa o patrimônio público desviando recursos do erário.
As suspeitas se refletem num exemplo de um contrato, firmado em 2011. A CBTU recebe R$ 695,24 mensais pelo aluguel de um terreno com 800 metros quadrados, localizado no Bairro Santa Inês, na Zona Leste de Belo Horizonte. No terreno foi construída uma área para festas e churrascos com capacidade para cem pessoas, além de uma quadra esportiva e um pomar.
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