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Costa Rica fecha como líder no "grupo da morte"

Empate em 0 x 0 no Mineirão, nesta terça-feira, dá primeiro lugar do Grupo D à Costa Rica e frustra despedida da Inglaterra; quarta partida da Copa na capital de Minas Gerais não teve gols, mas ambas as torcidas fizeram muita festa nas arquibancadas junto aos brasileiros

Empate em 0 x 0 no Mineirão, nesta terça-feira, dá primeiro lugar do Grupo D à Costa Rica e frustra despedida da Inglaterra; quarta partida da Copa na capital de Minas Gerais não teve gols, mas ambas as torcidas fizeram muita festa nas arquibancadas junto aos brasileiros (Foto: Gisele Federicce)

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Mateus Baeta, Portal da Copa - Apontada como o azarão do Grupo D da Copa do Mundo antes do início da competição, a Costa Rica conseguiu surpreender a todos e terminou a primeira fase em primeiro lugar da chave, após duas vitórias sobre Uruguai e Itália, nas duas primeiras rodadas, e um empate em 0 x 0 com a Inglaterra nesta terça-feira (24.06), no Mineirão, em Belo Horizonte.

A seleção da América Central somou sete pontos e ficou à frente do Uruguai, segundo classificado com seis. Campeãs mundiais, a Itália conseguiu apenas uma vitória sobre os ingleses e a Inglaterra conseguiu apenas um ponto, diante da Costa Rica. Assim, as duas deram adeus ao torneio e voltaram mais cedo para casa.

Com o príncipe Harry na plateia do Mineirão, os ingleses buscavam uma despedida digna após duas derrotas na Copa do Mundo. "Acho que vamos conseguir um 4 x 0 nesse último jogo", apostava o londrino Wayne Smith, que veio ao Brasil com o amigo Samuel Achon e disse que a diversão superou a decepção, embora tenha reclamado dos banheiros públicos nas cidades brasileiras.

Para os costarriquenhos, já classificados, o empate e o primeiro lugar no grupo foram motivos de muita festa. Antes mesmo do início da partida, os torcedores já gritavam e cantavam no entorno do Mineirão. "Não esperávamos uma campanha tão boa, mas agora queremos ir mais longe. A seleção está jogando muito bem, acho que podemos sonhar", disse Alan Meza, que saiu da cidade de Cartago para acompanhar a Copa ao vivo pela primeira vez. "Já conheci Recife, Natal, Pipa, Rio de Janeiro e agora Belo Horizonte. Gostei de todas, mas as minhas preferidas foram Natal e Rio, são muito bonitas", acrescentou.

Além da surpresa com o desempenho de sua seleção, Alan Meza também se mostrou impressionado com a organização da Copa no Brasil e disse não ter tido nenhum tipo de problema desde que chegou ao Brasil. "Estou achando tudo ótimo. O povo brasileiro é lindo e o clima nos estádios é excelente", elogiou.

Chances para todos

Conforme havia antecipado em entrevista na véspera da partida, o técnico inglês Roy Hodgson mandou a campo um time com muitas mudanças para enfrentar a Costa Rica. A ideia do treinador era dar a oportunidade de participar de pelo menos uma partida da Copa do Mundo ao maior número possível de jogadores da seleção.

Jovens como Jack Wilshere e Ross Barkley ganharam uma chance, enquanto medalhões como Wayne Rooney ficaram no banco. O veterano Frank Lampard, de 36 anos, começou como capitão da equipe. Do lado costarriquenho, apenas duas alterações: o zagueiro Roy Miller e o atacante Randall Brenes.

Clima

Com muitos brasileiros no Mineirão, o clima foi de tranquilidade e brincadeiras nas arquibancadas. Mais animados, os costarriquenhos começaram fazendo mais barulho, com gritos de incentivo à seleção e muitos aplausos na hora em que os jogadores entraram em campo. Com o decorrer da partida, no entanto, os ingleses se empolgaram, apesar de os brasileiros terem provocado com gritos de "Eliminados". No segundo tempo, quando a seleção inglesa atacou para o lado em que havia mais torcedores britânicos, o apoio foi ainda maior. Os ingleses entoaram cânticos até o fim da partida e depois aplaudiram muito os jogadores, que fizeram questão de agradecer.

Primeiro tempo

A Costa Rica começou melhor, assustando o goleiro inglês logo aos dois minutos, em chute perigoso de Joel Campbell. Aos poucos, no entanto, a Inglaterra equilibrou as ações, com Daniel Sturridge dando trabalho à zaga da Costa Rica. Frank Lampard dava ritmo ao English Team e arriscava lançamentos.

A Costa Rica passou a ter dificuldades para sair jogando e a Inglaterra desperdiçou algumas chances. Mas a melhor oportunidade da primeira etapa foi em uma falta a favor da Costa Rica cobrada por Celso Borges. Campbell foi derrubado na entrada da área aos 22 minutos e Borges bateu muito bem, obrigando o goleiro Bem Foster a fazer grande defesa.

Segundo tempo

A Inglaterra voltou melhor para o segundo tempo e teve as melhores chances. Aos 20 minutos Sturridge fez boa jogada, tabelou com Milner e recebeu de volta dentro da área, pela direita. Na hora de chutar, no entanto, o camisa 9 do time inglês bateu para fora. Três minutos depois, Sturridge novamente recebeu a bola, dessa vez pela esquerda, e invadiu a área. Antes de chutar, ele caiu na área, mas o árbitro argelino Djamel Haimoudi mandou o jogo seguir.

O técnico Roy Hodgson resolveu então colocar Steven Gerrard e Wayne Rooney em campo, para delírio da torcida inglesa. O jogo, no entanto, ficou morno, mesmo com Rooney tentando uma cavadinha da entrada da área, aos 33 minutos da segunda etapa, para defesa de Keylor Navas. Os torcedores costarriquenhos ainda ensaiaram gritos de "Olé" na arquibancada, mas o jogo continuou sem muitas emoções até o apito final do juiz. Depois, festa dos costarriquenhos e aplausos dos ingleses pelo esforço de sua seleção.

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