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CPI quebra sigilos de Cairo e convoca Agenor Mariano

Vereador também teve sigilos quebrados, a exemplo das operações da Delta em Goiás; ex-chefe de gabinete do prefeito é investigado por ter participado de reunião com Cachoeira e vereadores para tratar das obras do Mutirama; CPI da Assembleia Legislativa também ouviu o coronel Sérgio Katayama (foto), que admitiu ter conversado com o bicheiro por meio do Nextel: “Ele (Cachoeira) gosta de ser bem informado e, por isso, me procurava para saber notícias corriqueiras.”

CPI quebra sigilos de Cairo e convoca Agenor Mariano (Foto: Marcos Kennedy)
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Goiás247_ Na 15ª reunião da CPI da Assembleia realizada nesta quinta-feira os deputados-membros da comissão aprovaram por unanimidade requerimento para convoca o vereador Agenor Mariano (PMDB) para depor n CPI. O peemedebista é candidato a vice-prefeito na chapa de Paulo Garcia (PT) e foi secretário de Administração e Recursos Humanos da Prefeitura de Goiânia entre 2005 e 2008, na gestão de Iris Rezende. A propositura foi de autoria de Talles Barreto (PTB) e Tulio Isac (PSDB).

Os deputados também aprovaram requerimento que solicita a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Agenor e da empresa Delta Construções em relação às transações realizadas em Goiás. Um dos principais focos da Comissão é investigar e apurar os negócios e contratos realizados entre a Delta e prefeituras goianas. Os deputados da oposição, Daniel Vilela (PMDB) e Mauro Rubem (PT), cobraram os motivos da convocação de Agenor. Túlio Isac (PSDB) e Talles Barreto (PTB) lembraram que Agenor tinha conhecimento de todos os contratos da Prefeitura, incluindo os firmados com a Delta. Em um desses contratos, no valor de mais de R$ 50 milhões, houve dispensa de licitação.

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Quem também teve seus sigilos quebrados foi o ex-chefe de gabinete do prefeito Paulo Garcia, Cairo de Freitas. Ele pediu demissão do cargo no dia 29 de março deste ano após vereadores da oposição revelarem que ele teve um encontro com o empresário Carlos Cachoeira. Os vereadores Santana Gomes (PSD), Maurício Beraldo (PSDB) e Geovani Antônio (PSDB) e Elias Vaz (PSol) relataram o episódio em uma entrevista coletiva no dia 27 de março na qual negaram a informação de que seriam integrantes da suposta “bancada do Cachoeira” na Câmara Municipal. A reunião aconteceu na casa do vereador Santana Gomes, no fim de agosto de 2011 e, segundo ele, o enviado do Paço Municipal queria uma relação mais amistosa com a oposição especificamente em relação às constantes denúncias de irregularidades nas obras do Mutirama.

Deputados membros da CPI aprovam mais dois requerimentos em reunião realizada no auditório Solon Amaral. Um deles solicita à Prefeitura de Goiânia cópias de pagamentos realizados à empresa Qualix no ano de 2010 pela administração municipal. O outro, a ser endereçado ao juiz federal Alderico Rocha Santos, pede que sejam informados os números telefônicos utilizados pelos membros do grupo do contraventor Carlos Cachoeira, em especial, os da marca Nextel.

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Depoimento

A CPI ouviu o coronel da Polícia Militar Sérgo Katayama, que é citado nas gravações feitas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo. Katayama foi comandante do policiamento em Goiânia e se afastou da função por ter sido citado na Operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal e Ministério Público Federal contra suspeitos de explorar jogos caça-níqueis em Goiás. O coronel admitiu que conversou com Cachoeira por meio do rádio Nextel, recebido de Cláudio Abreu, mas para tratar de assuntos rotineiros. “Ele (Cachoeira) gosta de ser bem informado e, por isso, me procurava para saber notícias corriqueiras.”

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Katayama disse que não se lembra em que ano recebeu esse rádio e que não sabia que o aparelho era habilitado nos Estados Unidos. Ele confirmou questionamento apresentado por Mauro Rubem de que o aparelho fazia parte do contrato firmado pela Polícia Militar com a construtora Delta. Katayama esclareceu ainda que não tinha relações com Carlos Cachoeira e sim com a empresa.

Katayma informou que recebeu um rádio Nextel de Cláudio Abreu, diretor da Delta, para facilitar a comunicação entre a empresa e a polícia quando fossem tratados assuntos relacionados aos projetos desenvolvidos entre as duas partes.

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Respondendo a questionamento de Talles Barreto, Katayma esclareceu que durante o período em que foi comandante-geral da corporação em Goiânia, o combate a crimes mais graves, como roubos e homicídios, era prioritário em relação às ações contra casas de jogos ilegais. Segundo ele, essa era uma diretriz estabelecida no topo mais alto da hierarquia da PM, representados pelo governador e pelo secretário de Segurança Pública.

Informou que conhecia um "Ananias", que trabalhou no quartel em Anápolis como comissionado na área da odontologia e que este era, constantemente, visto no quartel em Anápolis, relacionando-se com os demais que frequentavam o local. O coronel informou também que esse Ananias já comprou semente de capim para ser utilizada em chácara de sua propriedade. Segundo Katayama, ele é bastante conhecido de empresários do município e conseguia bons descontos.

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Katayama esclareceu que esteve várias vezes na construtora Delta porque esta era responsável pela locação das viaturas da PM, além de outros projetos que estavam em andamento. Ele ressaltou que nunca recebeu nenhuma proposta ilegal da empresa.

Antes do depoimento de Katayama, os parlamentares concordaram que o segundo depoente previsto para o dia, o delegado Natal de Castro, fosse dispensado. Eles entenderam de forma unânime que Castro, pelo fato de estar aposentado há mais de dez anos, não teria maiores esclarecimentos a fazer sobre o objeto da CPI.

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(Com informações da Agência Assembleia)

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