Cremeb: Governo fará "importabando" de médicos
Para o presidente do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), José Abelardo Meneses, ao contratar médicos estrangeiros para o programa Mais Médicos o governo estará "importabando" a entrada dos profissionais; "Um dos principais pontos que nós somos contrários é à entrada dos estrangeiros sem o Revalida, teste criado pelo próprio governo, o que já mostra o contraponto. Nós somos favoráveis à vinda dos estrangeiros, mas não sem passar pelo exame"
Bahia 247
Lançado pela presidente Dilma Rousseff para suprir o déficit nas cidades do interior e em áreas carentes das metrópoles, o programa Mais Médicos continua a ter repercussão negativa entre a categoria em todo o país.
Para o presidente do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), José Abelardo Meneses, por exemplo, ao contratar médicos estrangeiros para atender pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nessas áreas o governo estará "importabando" a entrada dos profissionais, pois não há necessidade de revalidação do diploma.
O Cremeb e outras entidades representativas da categoria na Bahia seguiram os outros estados e protestaram ontem contra o Mais Médicos e contra o veto parcial da presidente Dilma ao projeto conhecido como Ato Médico.
Em vez de passar pelo exame "Revalida", criado para avaliar profissionais de outros países, com o Mais Médicos, de acordo com o Ministério da Saúde, os trabalhadores de fora passarão por treinamento de três semanas em universidades brasileiras para avaliar a capacidade de se comunicar em língua portuguesa e as habilidades em Medicina.
O programa pretende levar os profissionais para periferias e cidades do interior do país. "Um dos principais pontos que nós somos contrários é à entrada dos estrangeiros sem o Revalida, teste criado pelo próprio governo, o que já mostra o contraponto. Nós somos favoráveis à vinda dos estrangeiros, mas não sem passar pelo exame", argumenta o presidente do Cremeb-BA.
Abelardo Meneses também afirma que a atuação de estudantes por dois anos no SUS criou um "hiato" porque determinaria o "serviço ilegal" da medicina, por alunos do curso ainda em formação.
"Além disso, já há prefeitos que anunciam que irão dispensar os profissionais já contratados nos municípios para aderir ao Mais Médicos e desonerar a folha de pagamento, porque os pagamentos passariam para o governo federal", diz Abelardo em entrevista ao Bahia Notícias.
Segundo Meneses, a categoria planeja discutir os pontos que considera negativos do programa com a prefeitura de Salvador e a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). Ele ainda afirma que os médicos baianos podem fazer nova manifestação e paralisação na próxima terça-feira (20), a depender da resolução da classe em nível nacional.
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