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Crise com servidores pode afetar projeto eleitoral de Jackson em 2014?

Com três decretos que baixou nos últimos dias com medidas ligadas ao pacote de austeridade, o governador em exercício voltou a provocar insatisfação dos servidores, principalmente dos policiais militares; descontentamento é por conta das medidas que proíbem venda de férias e licença prêmio; que proporcionam o corte de gratificações e o pagamento de horas extras; proíbem gratificações, auxílio transporte e adicional noturno para os servidores em férias; e extingue 212 cargos; Jackson terá que ter muita habilidade para atravessar essa crise e evitar um desgaste político maior; leia análise de Rita Oliveira

Com três decretos que baixou nos últimos dias com medidas ligadas ao pacote de austeridade, o governador em exercício voltou a provocar insatisfação dos servidores, principalmente dos policiais militares; descontentamento é por conta das medidas que proíbem venda de férias e licença prêmio; que proporcionam o corte de gratificações e o pagamento de horas extras; proíbem gratificações, auxílio transporte e adicional noturno para os servidores em férias; e extingue 212 cargos; Jackson terá que ter muita habilidade para atravessar essa crise e evitar um desgaste político maior; leia análise de Rita Oliveira (Foto: Valter Lima)

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Rita Oliveira - Jornal do Dia - Desde o dia 28 de maio que Jackson Barreto (PMDB) está à frente do Governo do Estado, mediante afastamento do governador Marcelo Déda (PT) para tratamento de saúde. Ele vem mostrando competência administrativa e um estilo próprio de governar, mesmo nesse período de crise financeira para Estados e municípios por conta da diminuição do repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Nesse período de vacas magras, Jackson vem conseguindo em Brasília a liberação de recursos para Sergipe, está pagando dentro do mês a folha salarial dos servidores e permanece tocando obras do governo, inclusive com inaugurações de dezenas de empreendimentos. Ele sentou com representantes dos servidores, a exemplo do Sintese e Sintrase, e expôs a situação do Estado numa demonstração de que está aberto ao diálogo e quer esclarecer todos os pontos.

Como o Estado atingiu o limite prudencial, o governo deixou o servidor público sem reajuste este ano e, sequer, sem a reposição da inflação. O que é péssimo, pois provoca o achatamento salarial ainda maior do funcionalismo, principalmente o de nível médio que tem salário base de R$ 622,00 e tem de fazer mágica para continuar sobrevivendo quando tudo aumentou de preço.

Para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal, JB criou uma comissão técnica para fazer um estudo visando adequar folha de pessoal a receita. Com as medidas a serem implantadas, que passam por redução de cargos comissionados e corte nas gratificações, a expectativa é uma economia até o final desse governo de R$ 80,1 milhões.

Com três decretos que baixou nos últimos dias com medidas ligadas ao pacote de austeridade, já publicados no Diário Oficial, o governador em exercício voltou a provocar insatisfação dos servidores, principalmente dos policiais militares. O descontentamento é por conta das medidas que proíbem venda de férias e licença prêmio; que proporcionam o corte de gratificações e o pagamento de horas extras; proíbem gratificações, auxílio transporte e adicional noturno para os servidores em férias; e extingue 212 cargos.

Por conta desses decretos, somado à falta de reajuste salarial, Jackson Barreto começará a viver um inferno astral nos próximos dias. Segundo o presidente do Sintrase, Valdir Rodrigues, a partir dessa quinta-feira o sindicato vai organizar manifestações surpresas em todos os eventos que JB se fizer presente no Estado, com entrega de panfletos mostrando que o que o governo está fazendo é uma "maldade" com os servidores e que ou "negocia ou vai pagar caro". A categoria protestará ainda contra a indefinição do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR).

Ontem, em assembleia, as Associações Militares Unidas decidiram que os policiais usando coletes vão ocupar na próxima segunda-feira a Assembleia Legislativa, visando solicitar aos deputados que encaminhem um documento para o governo deixando claro que a categoria não será penalizada com os decretos. Teme que haja redução dos salários e o não pagamento de direitos trabalhistas.

Jackson terá que ter muita habilidade política para atravessar essa crise financeira e com o funcionalismo público e, consequentemente, evitar um desgaste político maior para que não seja afetado o seu projeto de ser candidato a governador em 2014.

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