Crise mundial não afeta PIB de Pernambuco
Investimentos na indústria de transformação somados aos recursos do PAC e do próprio Governo Estadual foram determinantes para o crescimento, que alcançou os 4,6%
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Leonardo Lucena _PE247 – Apesar da crise internacional e do fraco desempenho interno da economia no primeiro trimestre de 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco cresceu 4,6%, acima da média nacional, que foi de 0,8%. Segundo o economista Jorge Jatobá, da Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan), responsável pelo estudo, os investimentos na indústria de transformação somados aos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do próprio Governo Estadual, crédito mais barato, transferência de renda pelo Bolsa Família e aumento do salário mínimo foram determinantes para o crescimento estadual.
No entanto, já o PIB do setor agropecuário teve queda de 23,8% no primeiro trimestre de 2012, por conta da seca, enquanto o setor industrial cresceu 9%. ”A baixa produção agropecuária afeta a indústria de transformação, mas outros fatores, como o aquecimento do mercado imobiliário, favorecem o Estado”, observa o economista.
A descentralização dos investimentos também reflete este cenário. De acordo com os dados analisados pela Ceplan, entre 2000 e 2009, o PIB nacional aumentou 3,2%. Já no Nordeste este índice foi de 3,6% enquanto Pernambuco cresceu 3,5%. Os melhores desempenhos das macroregiões estaduais ficaram com o Agreste Central (4,1%) e o Setentrional Norte, com3,8%.
“Os resultados encontrados no Agreste Central e Setentrional revelam impactos positivos ocasionados pela BR-232 e de outros investimentos na malha viária da região, além da capacidade demonstrada por Pernambuco de atrair novos investimentos industriais, como o anúncio de uma montadora de veículos para Caruaru”, explicou a economista da Ceplan, Tania Bacelar.
Um dos reflexos desse crescimento é o valor dos repasses do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviço (ICMS). Caruaru lidera o ranking, com o repasse de R$ 44 milhões em 2010. O segundo lugar é de Belo Jardim, com R$ 13,2 milhões, ambos municípios do Agreste Central. No Agreste Setentrional, a liderança é de Santa Cruz do Capibaribe, com R$ 7,7 milhões.
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