Crise na Europa não afeta exportações de frutas
Produtores do Vale do So Francisco, em Pernambuco, negam retrao e revelam expectativa de US$ 300 milhes em exportaes em 2011, cerca de 4% acima do registrado em 2010.
Raphael Coutinho_247 – Os produtores e exportadores de frutas no Vale do São Francisco, em Pernambuco, afirmam ainda não sentir impactos negativos na exportação para os países europeus, que passam por grave crise econômica neste final de ano. A conclusão é do próprio presidente da Valexport - entidade que congrega os exportadores da região do Vale do Submédio São Francisco -, José Gualberto Almeida, que toma como base para a afirmação o fato de o consumidor do velho continente não mudar alguns hábitos, mesmo enfrentando dificuldades financeiras. Um desses hábitos seria o de consumir frutas. Além disso, ele atribuiu também à questão desse tipo de produto ter um preço acessível do outro lado do oceano, e que nesta época do ano não existe colheita de frutos naqueles países. A expectativa é que as exportações cheguem a US$ 300 milhões, cerca de 4% acima do registrado em 2010.
“A oferta para este período é grande, principalmente da uva e acreditamos que teremos uma demanda igual a do ano passado. O que pesa mais nesta questão para nós é o câmbio, mas que melhorou nos últimos meses”, contou o presidente. Ele se refere ao valor do dólar, que chegou a bater na casa dos R$ 1,50, mas hoje está por volta de R$ 1,80. “Ainda não é o que gostaríamos de ver. Para nós, o ideal seria algo próximo de R$ 2,20”, disse.
A medida encontrada pelos produtores para combater um possível impacto da crise europeia nas exportações é diversificar a produção para outros tipos de fruta, além de investir também um pouco mais no mercado interno. “Essa crise começou em 2008 nos Estados Unidos, que também é nosso cliente. Isso fez com que a gente abrisse mais os olhos para o mercado interno. Hoje, o nosso crescimento está lastreado no mercado interno”, revelou Gualberto. Segundo ele, nos últimos anos, o redirecionamento para o mercado interno chega a 15% do volume inicialmente exportado. Outra medida que deve ser adotada pelos produtores, segundo o presidente da Valexport, para afastar um eventual impacto nas exportações, é aumentar a qualidade da produção. Para isso, a empresa cobra um maior empenho nos investimentos públicos.
“O Governo do Estado vem fazendo um bom trabalho, mesmo sem ser de sua responsabilidade. Queremos ver projetos do Ministério da Integração Nacional voltados para os produtores do Vale do São Francisco”, enfatizou o presidente.
O vale do São Francisco é responsável por cerca de 90% das exportações nacionais de manga e de uvas de mesa. De acordo com dados da Valexport, as epxortações da região chegam a 300 mil toneladas de frutas. O mercado interno é cerca de 2,5 vezes maior que o externo.
FINAL DE ANO
Outra aposta do segmento para os próximos dias é a venda de espumantes para as festas de final de ano. Ainda de acordo com José Gualberto Almeida, a qualidade dos produtos produzidos no Vale do São Francisco está equilibrada com a de outras regiões do país. “Acreditamos que este também seja um bom ano para a venda de espumantes. Estamos em um nível de competitividade que renderá bons negócios para este final de 2011”, finalizou.
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