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      Críticas à reforma política marcam debate em Mantena

      Durante o evento, estudiosos e autoridades discutiram a necessidade de políticas públicas que ampliem a participação da mulher na política e nos espaços de poder; No primeiro painel, a prefeita de Governador Valadares, Elisa Costa, proferiu a palestra "Reforma política e a representação das mulheres no Brasil"; Ela destacou o avanço do País para uma democracia mais madura, com mais vozes nas ruas e mais participação da sociedade e os desafios dessa nova realidade, sobretudo para as mulheres

      Maria Jos� Magalh�es Carvalho (secret�ria municipal de Assist�ncia Social de Mantena), Ant�nio Rodrigues dos Santos (presidente da C�mara Municipal de Mantena), Celise Laviola (deputada estadual PMDB/MG), Ros�ngela Reis (deputada estadual Pros/MG), Ge (Foto: Luis Mauro Queiroz)
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      ALMG - Apesar dos avanços recentes, o percentual de mulheres eleitas aumenta apenas 2% a cada eleição. E embora representem mais de 50% do eleitorado brasileiro, elas não conseguem preencher as cotas de candidaturas femininas estabelecidas na legislação eleitoral. Para debater esses desafios e possíveis soluções para superar essa realidade, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou, nesta sexta-feira (22/5/15), em Mantena (Vale do Rio Doce), o primeiro da série de encontros regionais do Ciclo de Debates Reforma Política, Igualdade de Gênero e Participação: O que querem as mulheres de Minas.

      Durante o evento, estudiosos e autoridades discutiram a necessidade de políticas públicas que ampliem a participação da mulher na política e nos espaços de poder. No primeiro painel, a prefeita de Governador Valadares, Elisa Costa, proferiu a palestra "Reforma política e a representação das mulheres no Brasil". Ela destacou o avanço do País para uma democracia mais madura, com mais vozes nas ruas e mais participação da sociedade e os desafios dessa nova realidade, sobretudo para as mulheres.

      Segundo Elisa Costa, esse debate é um importante momento de reflexão, pois permite que se repensem as formas de organizar a sociedade. Para ela, a mulher tem perfil, capacidade e visão de mundo para assumir novos papéis e contribuir para uma democracia mais madura. Ela abordou as recentes transformações sociais, com novas concepções de família e pluralidade de concepções, lembrando que tudo isso se reflete na política.

      “Hoje a sociedade é plural e possui grandes contradições. Nós, mulheres, não fomos educadas para o público, mas isso tem mudado gradativamente. Atualmente muito mais mulheres se manifestam na sociedade, a despeito dos entraves para construir uma vida pública. E vida pública não significa apenas ter mandatos, mas sair da vida privada e participar da sociedade, em qualquer instância, como em associações, sindicatos e igrejas”, afirmou Elisa Costa.

      Ela destacou que essa saída do espaço privado para o público é o primeiro entrave que a mulher enfrenta. “A vida pública expõe todos, mas muito mais a mulher. É preciso coragem para se expor, enfrentar os preconceitos e ajudar a elevar a consciência política. Precisamos de comportamentos, posturas e coragens novas”, defendeu.

      Elisa Costa abordou ainda a necessidade de uma profunda reforma política, criticando a proposta que tramita no Congresso Nacional. “Precisamos de passos mais largos para garantir não apenas a participação efetiva das mulheres, mas também de outras minorias excluídas”, enfatizou. Para ela, a reforma política precisa assegurar o financiamento público de campanha. “Precisamos nos mobilizar para não deixar os deputados federais avançarem na atual proposta, que o presidente da Câmara quer votar em Plenário até junho - uma proposição que só interessa a setores econômicos da sociedade e que vai dificultar ainda mais a presença da mulher e das minorias”, destacou.

      A palestrante defendeu a eleição de uma assembleia constituinte para cuidar apenas da reforma política. “Sendo feita pelas pessoas que já estão no sistema, a reforma não vai trazer as mudanças necessárias. A reforma política deve ter participação popular e direito de igualdade de condições", ressaltou. Ela defendeu a adoção do voto em lista, com reserva de 50% das cadeiras no Poder Legislativo para as mulheres; unificação das eleições para todos os cargos (municipais, estaduais e federais); fim da reeleição e das coligações proporcionais.

       

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