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Cuiabá também trocou projeto da Copa por opção mais cara

Recife e Natal estudam implantar veculos sobre trilhos, DF tentou sem sucessoe So Paulo licitou monotrilho no ano passado

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Rodolfo Borges_247 – A ofensiva de empresários do ramo ferroviário já foi sentida em pelo menos outras cinco cidades-sede da Copa de 2014. Além de Salvador, onde o governo da Bahia pretende gastar R$ 3 bilhões num metrô em vez dos R$ 750 milhões reservados para um corredor exclusivo de ônibus, Cuiabá trocou seu BRT (Bus Rapid Transit) por um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) e Recife estuda instalar um monotrilho no lugar do corredor de ônibus. Em Natal, o governo local pretende implantar um VLT. Em Brasília, o plano não vingou em decorrência da crise do governo José Roberto Arruda e as obras permanecem paradas desde o ano passado. Em São Paulo, a empresa que vai construir o monotrilho para a Copa já foi até escolhida.

Em consórcio com as construtoras Queiroz Galvão e OAS, a canadense Bombardier venceu a licitação e terá R$ 1,44 bilhão para montar o sistema em São Paulo. Em Cuiabá, a Prefeitura local e o governo do Mato Grosso tinham optado há meses pelo BRT, um sistema “considerado o futuro dos sistemas de transporte urbano”, segundo nota publicada no site da própria Prefeitura. As obras custariam R$ 400 milhões, mas o governador Silval Barbosa descobriu no mês passado que o sistema do futuro mesmo é o VLT, que não sairá por menos de R$ 1 bilhão, e mudou os planos.

Natal, a cidade mais atrasada nos preparativos para a Copa de 2014, ainda não definiu o que fazer na área de mobilidade, mas também estuda o VLT, sonho antigo do governo da capital potiguar. Seis deputados federais do Rio Grande do Norte e cinco prefeitos da Grande Natal reivindicaram em reunião com o ministro das Cidades, Mário Negromonte, realizada na semana passada uma ampliação do projeto do VLT de Natal de 14 quilômetros para 41 quilômetros.

Em Recife, a coisa vai ser mais difícil. O presidente da Câmara Municipal, Jurandir Liberal (PT), já avisou que não pretende aceitar o lobby da iniciativa privada. “Não concordo com monotrilho”, disse no mês passado, referindo-se ao trem que corre sobre trilhos instalados num elevado, que também pode substituir o por enquanto escolhido BRT. “É uma estrutura exagerada, fixa lá em cima. É uma discussão que a gente vai ter aqui. Eu tenho posição contrária. Quem é que tá usando? Me diga qual o país moderno que está usando?”, disse o presidente da Câmara em entrevista coletiva concedida no início de junho.

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