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CUT-PE critica ‘desrespeito brutal’ de bolsonaristas com as mulheres

Uma das músicas cantadas em ato pró-Bolsonaro no Recife (PE) chamou as mulheres com posições políticas de esquerda de "cadelas", o que, de acordo com o candidato a deputado federal e presidente licenciado da CUT-PE, Carlos Veras, "é de um brutal desrespeito que nem mesmo as cidadãs e os cidadãos, por mais conservadores que sejam, podem concordar com tamanha afronta à honra, às ideias e aos ideais das pessoas"

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Pernambuco 247 - O presidente licenciado da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras, candidato a deputado federal, emitiu uma nota de repúdio aos insultos dirigidos a mulheres de esquerda, durante a Marcha da Família com Bolsonaro, realizada neste domingo (23), no bairro da Boa Viagem, zona sul do Recife. Uma das músicas cantadas pelos simpatizantes do presidenciável do PSL chamou de "cadelas" as mulheres com posições políticas de esquerda.

De acordo com o candidato, "chamar as trabalhadoras e os trabalhadores brasileiros de 'mortadelas' e as mulheres de 'cadelas' é de um brutal desrespeito que nem mesmo as cidadãs e os cidadãos, por mais conservadores que sejam, podem concordar com tamanha afronta à honra, às ideias e aos ideais das pessoas". "Além disso, as mulheres e os trabalhadores são sujeitos políticos que por meio de muita luta contribuíram de maneira significativa para todos os avanços sociais e econômicos experimentados pelo Brasil e merecem todo o respeito e os devidos reconhecimentos. Ninguém, por mais tresloucado ou mau-caráter que seja, poderá negar tudo isso diante da história", disse.

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O sindicalista afirmou que "as manifestações em defesa de posições políticas e partidárias são absolutamente legítimas, contudo devem ser pautadas pelos princípios do respeito às pessoas e coletivos que têm perspectivas diversas de mundo, bem como se fundamentar em bases pacíficas que promovam e fortaleçam a democracia em nosso País".

"Nós que compomos o outro polo desse extremo, realizamos neste sábado uma linda caminhada com o nosso candidato a presidente da República, Fernando Haddad e aliados na qual reunimos milhares de pessoas que com a gente percorreram as ruas do centro do Recife com muita alegria e pacifismo para comunicar a sociedade sobre o nosso projeto, tendo em vista a construção de um País justo, inclusivo e soberano, sem atacar em nenhum momento, sob nenhuma hipótese, nenhum dos opositores e nem seus apoiadores", continuou.

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Segundo Veras, "é oportuno, mais uma vez, alertar a sociedade brasileira sobre as consequências nefastas de se propagar a intolerância, o ódio e a violência como soluções para uma nação que ainda sofre com acentuadas desigualdades de classe, raça, etnia, gênero e orientação sexual e com as mazelas da pobreza e do analfabetismo".

"Assim, convocamos todas e todos, mesmo aquelas e aqueles que têm projetos de sociedade diferentes do nosso, para elevarmos o nível desse debate com propostas que ajudem a retirar o Brasil do abismo onde se encontra e construirmos uma nação cujo nível do debate não seja a quantidade de pelos no corpo de uma mulher, mas o direito da mulher sobre seu próprio corpo; um debate que não se restrinja à mortadela, mas que se amplie para o direito de todas as brasileiras e brasileiros à segurança alimentar com mesa farta e alimentos de qualidade, entre outras questões à altura da necessidade, dos sonhos e da grandeza desta nação", complementou.

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Ato contra Bolsonaro

No próximo da 29 ocorre na cidade de São Paulo um protesto contra a chapa presidencial encabeçada pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e seu vice, o general Hamilton Mourão (PRTB). A mobilização ocorre no Largo da Batata, no bairro de Pinheiros, zona oeste da cidade de São Paulo. Também há protestos marcados em outros municípios, como Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS).

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O movimento Mulheres Unidas Contra Bolsonaro lançou na última quarta-feira (19) um vídeo para a convocação do protesto. De acordo com a peça, o deputado federal "não sabe respeitar uma criança. Ele não sabe respeitar uma mulher. Ele não respeitar as diferenças e tudo tem que ser do jeito que ele quer". 

A chapa está sendo cada vez mais repudiada pelas mulheres, que representam mais de 50% do eleitorado em nível nacional. O repúdio aumentou nas últimas semanas, após o vice de Bolsonaro afirmar que o narcotráfico recruta jovens de famílias pobres "sem avô e pai, mas com avó e mãe". "A partir do momento em que a família é dissociada, surgem os problemas sociais. Atacam eminentemente nas áreas carentes, onde não há pai e avô, mas sim mãe e avó. Por isso, é uma fábrica de elementos desajustados que tendem a ingressar nessas narco-quadrilhas", disse Mourão.

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O presidenciável do PSL também já proferiu declarações misóginas, como "eu tenho 5 filhos. Foram 4 homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher". A declaração foi concedida em palestra na Hebraica, no Rio de Janeiro, em abril do ano passado.

Em 2014, o parlamentar disse que não estupraria a colega Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não merecia. "Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar, porque não merece", afirmou o congressista, após a parlamentar defender vítimas da Ditadura Militar (1964-1985).

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Assista ao vídeo:

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