Daniela Mercury em SP: "A cor dessa cidade sou eu"
"A cor dessa cidade sou eu. O canto dessa cidade é meu..."; quem gosta do carnaval baiano reconhece 'O Canto da Cidade', música lançada pela rainha do axé, Daniela Mercury, em 1992; e ontem ela foi a cor e o canto de uma cidade, mas não foi Salvador; cantora brilhou e roubou a cena na 17ª Parada Gay de São Paulo, cujo tem central foi o combate à homofobia
Bahia 247
"A cor dessa cidade sou eu. O canto dessa cidade é meu...". Quem gosta do carnaval baiano reconhece de longe 'O Canto da Cidade', música lançada pela rainha do axé, Daniela Mercury, em 1992. E ontem ela foi a cor e o canto de uma cidade, mas não foi Salvador. A cantora brilhou e roubou a cena na 17ª Parada Gay de São Paulo, cujo tema central foi o combate à homofobia.
Ainda em clima de paixão adolescente (como ela própria já classificou), Daniela subiu ao trio elétrico patrocinado pelo Governo da Bahia em companhia da esposa, a jornalista Malu Verçosa. A rainha do axé abriu seu show na Rua da Consolação, às margens da Avenida Paulista, exatamente com o sucesso 'O Canto da Cidade'.
Malu surpreendeu e deu um beijo na esposa em cima do trio. Daniela retribuiu e deu início a uma série de mensagens com pedido de igualdade e de fim do preconceito. "Toda forma de amor é válida. A Constituição aceita todo mundo do jeito que é". O público delirava.
Antes de cantar 'Qualquer maneira de amor vale a pena', Daniela contou ao público que gravou a música, de autoria de Milton Nascimento, "coincidentemente" quando conheceu sua namorada, e fez referência ao deputado Marco Feliciano (PSC-SP), o polêmico presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. "Feliciano, qualquer maneira de amor vale a pena".
E foi com ele que ficou o destaque negativo da festa. Cartazes e faixas pediam sua saída da comissão da Câmara e respeito aos gays.
