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      Debate frio encerra confrontos na TV

      O último debate entre os candidatos à Prefeitura do Salvador, no final da noite desta quinta-feira (4), na TV Bahia/Globo foi o mais tranquilo entre os quatro realizados; para surpresa, não houve embate Nelson Pelegrino (PT) versus ACM Neto (DEM) com os temas 'mensalão', utilizado pelo democrata; e 'cotas raciais', a arma do petista contra o adversário

      Debate frio encerra confrontos na TV (Foto: Bocão News)
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      Romulo Faro_Bahia 247

      O último debate entre os candidatos à Prefeitura do Salvador, no final da noite desta quinta-feira (4), na TV Bahia/Globo foi o mais tranquilo entre os quatro realizados. Para surpresa, não houve embate Nelson Pelegrino (PT) versus ACM Neto (DEM) com os temas 'mensalão', utilizado pelo democrata; e 'cotas raciais', a arma do petista contra o adversário. O debate foi mediado pelo jornalista Alexandre Garcia.

      O primeiro bloco, quando os candidatos fizeram perguntas entre si com temas sorteados pela emissora, foi considerado o mais engessado, mais sem graça. Velhas propostas e velhas contestações dos quais o eleitor já está cansado. Para animar um pouco, estavam por lá Da Luz (PRTB), insistentemente falando do seu "aerotrem" como solução para os problemas de Salvador, e Hamilton Assis (PSOL), com seu implacável combate "às máfias".

      Marcio Marinho (PRB) também não inovou. Com sua performance bem trabalhada por sua equipe de marketing, o deputado federal não tirava os olhos da câmera, na intenção de passar a ideia de que estava conversando com o eleitor que via o confronto de casa.

      Quem quebrou o gelo do debate, já no segundo bloco, no qual os postulantes se confrontaram em tema livre, foi Mário Kertész (PMDB), ao dizer que o prefeito João Henrique é "autista", por causa de sua pretensão de ser candidato a governador da Bahia em 2014, e da pérola: "Vá de retro, satanás".

      No terceiro bloco, mais marasmo nas perguntas de temas sorteados. Clima esquentou um pouquinho no quarto bloco, com questionamentos de escolha dos candidatos. Enfim, ACM Neto e Pelegrino partiram para o confronto, mas, desta vez, nada de mensalão nem de cotas raciais.

      Primeiro a questionar, o democrata disse que a gestão de Pelegrino foi "fraca" enquanto secretário de Justiça do Estado. "Você teve como meta a redução da criminalidade na Bahia e em Salvador, mas por que fracassou?", confrontou Neto.

      "Eu tive bons resultados, minha gestão foi bem avaliada. Fui eu quem mandou 14 dos principais líderes de facções criminosas na Bahia para presídios de segurança máxima. Foram compradas três mil viaturas na minha gestão e fiz investimentos em inteligência da polícia. Diferente da época em que os bandidos deitavam e rolavam na Bahia", respondeu o petista.

      Nas considerações finais, como sempre, o tom de emoção na tentativa de cativar o eleitor. ACM Neto criticando os governos petistas federal e do estado; Mario dizendo que quer unir todo mundo para trabalhar por Salvador e Pelegrino, como não podia deixar de fazer, fechou sua participação mais uma vez com o discurso de "alinhamento", tese do PT para fazer o eleitor acreditar que o prefeito precisa ter aproximação político partidária com o governador do estado e com a presidente da República para ter uma gestão exitosa.

      Do lado de fora

      O clima esquentou apenas do lado de fora, no pátio da emissora. Neto disse que Pelegrino "fugiu" do debate. O democrata afirmou que o rodízio de perguntas adotado foi "positivo" por permitir que ele interrogasse pela primeira vez, durante todos os encontros televisivos da campanha, o seu principal adversário, o petista Nelson Pelegrino.

      O petista, por sua vez, garante que não se apequenou diante da ACM Neto. "Perguntei a quem eu achei que deveria. Quando ele me confrontou, não se deu bem. Minha gestão na Secretaria de Justiça foi bem avaliada. Eu tenho experiência administrativa. Dele, eu sei que administra a fortuna da família dele", disse o petista, usando declaração recente do governador Jaques Wagner.

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