Delúbio encara a eventual prisão como missão partidária

247 – Pouco antes do julgamento da Ação Penal 470, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, falou a militantes do partido em São Paulo e demonstrou certo otimismo com o processo. Disse que pretendia ser punido apenas pelo que fez – os chamados “recursos não contabilizados de campanha – e não pelo que jamais existiu (o mensalão e a compra de apoio parlamentar).

Embora não contasse com a hipótese de prisão, ele citou casos de personagens históricos que, em nome de um projeto político, se sacrificaram. Exemplos: Nelson Mandela, na África do Sul, e Jose Pepe Mujica, no Uruguai. Nesta terça-feira, reportagem da Folha informa que ele estaria pronto para a prisão, encarando o sacrifício como uma “missão partidária”.

Leia um trecho do texto de Andreza Matais:

Tesoureiro do PT à época do mensalão, Delúbio Soares confidenciou a quem conversa sobre o julgamento que, se punido, enfrentará a prisão como uma missão partidária.

Réu por corrupção ativa e formação de quadrilha, ele indica que manterá silêncio. "Não vamos falar sobre esse assunto e nenhum outro", disse Monica Valente, mulher de Delúbio, que é membro do diretório nacional do PT.

"Não conheço uma pessoa tão serena quanto o Delúbio", afirmou o advogado Sebastião Ferreira Leite, o Juruna.