Delúbio inicia seu tour contra o mensalão
Centro das denncias do escndalo do PT, em 2005, Delbio Soares comeou sua defesa em Salvador, na Bahia, e passar por sindicatos de todo o Pas para tentarprovar sua inocncia no processo poltico que ser julgado pelo STF
Romulo Faro _Bahia 247 - Ponto central das denúncias do primeiro escândalo do governo Lula, o petista Delúbio Soares deu início à sua defesa, a fim de tentar provar, em um tour a sindicatos de todo o País, sua inocência no processo político que deve ser julgado ainda neste ano pelo Supremo Tribunal Federal. Nesta sexta-feira 27, ele recusou dar entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, informando que estava se reunindo “com os amigos do Sindipetro” (Sindicato dos Petroleiros da Bahia). “Só falo sobre isso (o processo) no momento do julgamento”, justificou. Nesta quinta-feira 26, a Juventude do PT da Bahia promoveu a apresentação da "DEFESA DE DELÚBIO SOARES NO STF", em Salvador, conforme anúncio do político feito pelo Twitter.
Em dezembro do ano passado, em evento com o mesmo teor em Recife-PE, Delúbio afirmou, segundo a Folha de S.Paulo, que não se arrepende de nada do que fez e que não vai deixar de fazer política, seja qual for a decisão do STF sobre o caso. Segundo ele, ninguém enriqueceu e o ocorrido foi um "processo político". "Vou falar em alto e bom som: não me arrependo de nada, dos cinco anos de isolamento, nada", disse o ex-tesoureiro do PT.
"Parei de passear, de fazer as coisas, mas valeu muito e está valendo", disse, se referindo aos (agora) dez anos consecutivos do PT no comando do governo federal e do avanço do partido nos estados e municípios. Ainda no evento, Delúbio repetiu que o mensalão não existiu. Segundo ele, os R$ 55 milhões captados foram distribuídos a políticos do PT e partidos aliados para pagar dívidas de campanha.
Enquanto isso, o processo, considerado o mais emblemático da história do STF, ainda não entrou na pauta de votação. Diante da cobrança da imprensa e da sociedade, a expectativa é a de que a matéria seja julgada pela corte máxima brasileira até o início de 2013. Antes de tomar posse como novo presidente do Supremo, o ministro Carlos Ayres Brito disse à revista Veja que se depender dele o processo vai a julgamento em 48 horas quando entrar na pauta.
"O que me cabe é marcar a data tão logo o processo seja liberado para pauta. Quem libera é o ministro-revisor, Ricardo Lewandowski. Estamos em ano eleitoral e, como a imprensa já anunciou com base em uma declaração do próprio ministro Lewandowski, há o risco de prescrição. Então, é evidente que eu, como presidente, vou agir com toda a brevidade. Uma vez disponibilizado o processo para julgamento, providenciarei sua inclusão na pauta em 48 horas", afirmou Ayres Britto.
A ação penal do mensalão envolve 38 réus, incluindo políticos influentes no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como o ex-ministro José Dirceu e o próprio Delúbio Soares. Eles são acusados de envolvimento num esquema de compra de votos de parlamentares em troca de apoio político ao governo. De acordo com a denúncia, o esquema teria sido arquitetado durante a eleição de 2002 e passou a ser executado em 2003.
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