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"Delúbio não tomava decisões, executava"

A frase do advogado Arnaldo Malheiros revela que o ex-tesoureiro do PT, ao contrário do que se imaginava, não pretende assumir, sozinho, toda a responsabilidade pelo caixa dois do partido; ela será compartilhada com os membros da Executiva Nacional, como José Genoíno e, talvez, José Dirceu

"Delúbio não tomava decisões, executava" (Foto: Montagem/247)
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247 – Nos últimos anos, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, cultivou a imagem de um herói entre os petistas. Foi capaz de assumir praticamente todas as responsabilidades pelo mensalão, “matando no peito” as denúncias feitas pelo ex-deputado Roberto Jefferson. Chegou até a ser expulso do partido, sem reclamar, e depois foi reintegrado sem tripudiar sobre desafetos.

De 2005 até hoje, é também verdade que seu dedo jamais endureceu, como diz seu advogado Arnaldo Malheiros. Mas seu papel no julgamento do mensalão não será exatamente aquele que muitos imaginam. A senha foi dada por Malheiros, em entrevista ao jornal “O Globo”, na qual fica claro que Delúbio não pretende assumir, sozinho, todas as responsabilidades. “Ninguém do partido poderia decidir isso sozinho”, diz o advogado, referindo-se à obtenção de recursos com Marcos Valério de Souza para quitar dívidas de campanha. “Todas as decisões eram do colegiado, da Executiva. Nem sei se José Dirceu era da Executiva naquela época. Acho que, como ministro, se licenciou do partido. Mas Genoíno era o presidente. Delúbio não tomava decisões. Era o executor das decisões da Executiva Nacional do PT.”

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Essa linha de defesa confronta a de José Genoíno, que afirma que Delúbio tinha autonomia para tratar de todos os temas financeiros. José Dirceu, por sua vez, afirma que, como ministro da Casa Civil, não tratava mais de assuntos relacionados ao PT.

No partido, o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh tem sido um crítico da falta de articulação entre as defesas dos vários réus do mensalão – o que pode contribuir para a condenação geral. O correto, na sua visão, seria que, num discurso coerente, todos negassem a existência do mensalão, como compra de votos de parlamentares, e assumissem aquilo que já foi admitido publicamente: o caixa dois eleitoral, que é prática comum na política brasileira.

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