Demolição do Teatro Klauss Vianna é suspensa
A decisão foi tomada pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Pedro Bittencout, que encomendou também dois estudos; O primeiro tem o objetivo de conceder acesso independente ao teatro; O líder do Governo na ALMG, deputado Durval Ângelo (PT), esclareceu que a suspensão da demolição do teatro não significa que as obras no prédio não serão iniciadas; durante os dois anos de previsão da reforma, as atividades do Klauss Vianna vão acontecer normalmente
ALMG - Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (10/6/15) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, anunciou a suspensão da demolição do Teatro Klauss Viana, que poderá manter o seu funcionamento para apresentações artísticas. A demolição estava prevista para o dia 1º de julho, data do início das obras de reforma do prédio localizado na Avenida Afonso Pena que vai abrigar o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
A decisão foi tomada pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Pedro Bittencout, que encomendou também dois estudos. O primeiro tem o objetivo de conceder acesso independente ao teatro. O segundo visa possibilitar a construção, na parte posterior do edifício, de um auditório para as sessões plenas do Judiciário. As decisões do presidente do Tribunal de Justiça serão ainda apreciadas em agosto pelo colegiado composto por 120 desembargadores.
O líder do Governo na ALMG, deputado Durval Ângelo (PT), esclareceu que a suspensão da demolição do teatro não significa que as obras no prédio não serão iniciadas. No entanto, a obra, que seria começaria pelo térreo com a demolição do teatro, será realizada em outras áreas. Além disso, durante os dois anos de previsão da reforma, as atividades do Klauss Vianna vão acontecer normalmente. Ele disse ainda acreditar que os desembargadores votarão a favor da manutenção do teatro.
Para o secretário de Cultura, a decisão de manutenção do teatro representa um momento único de integração dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em defesa da cultura. Ele destacou que Minas Gerais é um polo de dança com relevância no cenário nacional e internacional. Essa integração dos Poderes também foi destacada pelo presidente da ALMG, deputado Adalclever Lopes (PMDB). Ele enalteceu que o diálogo e a mobilização foram fundamentais para o encaminhamento de soluções para garantir a continuidade do funcionamento do Klauss Vianna.
O presidente da Comissão de Cultura, deputado Bosco (PTdoB), lembrou da importância dos debates realizados com a participação da classe artística na ALMG e na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Apenas na Assembleia foram realizadas duas audiências com o intuito de debater e buscar soluções para o impasse. Logo após a entrevista coletiva, as Comissões de Direitos Humanos e de Cultura se reuniram com representantes da classe artística para avaliar a decisão que vai permitir a continuidade do funcionamento do Klauss Vianna.
Histórico - O Teatro Klauss Vianna integrava o centro cultural Oi Futuro, em Belo Horizonte. Sua manutenção foi acordada desde a privatização da Telemig, antiga empresa estatal de telefonia, nos anos 1990. Há dois anos, porém, por um acordo entre o Governo do Estado e o TJMG, o imóvel foi declarado de utilidade pública e desapropriado em favor do Tribunal. O TJMG havia anunciado o fim das atividades do teatro tendo em vista a necessidade de reformas no prédio.
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